Aconteceu na reitoria
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07/04/2020
A equipe de produção das máscaras
A UFV começou nesta terça-feira (7), um processo de produção de 50 mil máscaras para serem doadas aos profissionais de saúde que estão atuando na Unidade de Atenção Especializada em Saúde (UAES), hospitais municipais e unidades básicas de saúde. A falta de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para médicos, enfermeiros e demais profissionais de saúde tem sido um dos principais problemas no enfretamento da pandemia causada pelo coronavírus no Brasil.
A iniciativa da UFV é pioneira e a produção está sendo financiada pela própria Universidade. “Nós estamos procurando agir estrategicamente onde há mais demandas neste momento. Não podemos colocar em risco os profissionais de saúde que irão atuar na linha de frente do combate à Covid-19. Esta é mais uma das ações em que a UFV tem mostrado à sociedade sua importância estratégica nesse momento de crise”, disse o reitor Demetrius David da Silva. Ele alerta ainda que a produção de máscaras profissionais pode chegar a 150 mil, dependendo da obtenção de material. “Temos tecnologia, conhecimento e estamos disponibilizando mão de obra. Nossa limitação tem sido obter matéria-prima, mas estamos trabalhando incessantemente no sentido de atingir esse objetivo”, disse o reitor.
A produção de máscaras profissionais é uma iniciativa da Comissão de Produção de Inovações Tecnológicas no Combate ao Covid-19 que reúne pesquisadores de diversos departamentos e institutos dos três campi da UFV. O objetivo é discutir, planejar e elaborar soluções para o desenvolvimento de tecnologias em produtos, serviços e processos para combater a doença. Estas soluções tem envolvido parcerias produtivas entre diversas especialidades da UFV.
Desta vez, o objetivo foi encontrar materiais, formatos e formas seguras para a produção de máscaras profissionais. As professoras Flávia de Sá Diaz e Andreia Guerra, do Departamento de Enfermagem e Medicina (DEM) e Márcia Fontes, do Departamento de Economia Doméstica (DED) definiram o tecido e elaboraram e testaram um molde ideal para que a máscara siga, rigorosamente, as instruções da Anvisa. “Nós levamos em consideração custo-benefício, segurança e tempo de produção”, disse Flávia Diaz. O tecido utilizado é o TNT de uso odonto-médico-hospitalar, que possui determinação da eficiência da filtração bacteriológica pelo fornecedor do material”, esclareceu.
Com o protótipo definido, a UFV firmou parceria com a empresária Márcia Maria da Silva Teixeira Lobato, da empresa Teixeira e Lobato LTDA, que disponibilizou local, maquinário e voluntárias para produção. A universidade também contratou costureiras para auxiliar nesta produção e está arcando com a aquisição de todos os insumos necessários para a produção das máscaras.
As professoras do DEM também orientam todo o processo, fiscalizando o ambiente e orientando os profissionais sobre os cuidados ao confeccionar as máscaras.
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