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UFV sedia Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Fisiologia de Plantas em Condições de Estresse

16/07/2024

A UFV deve receber, no mês de outubro, cerca de 700 estudantes e pesquisadores de todo o país para o Congresso Brasileiro de Fisiologia Vegetal. Trazer um evento deste porte para Viçosa reforça o fato de a Universidade ser reconhecida internacionalmente como referência na área. Por sua vez, o conhecimento gerado pelas pesquisas em fisiologia vegetal contribui para o desenvolvimento de uma agricultura competitiva e da sustentabilidade ambiental.

O Congresso, organizado pela Sociedade Brasileira de Fisiologia Vegetal, celebra os 50 anos do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal da UFV pioneiro no país e de onde saíram muitos fisiologistas que hoje atuam como professores e pesquisadores em outras universidades e institutos de pesquisa. Há mais de duas décadas, o programa se mantém com a nota máxima (7) nas avaliações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), treinando, em média, 90 estudantes a cada ciclo de mestrado e doutorado. Em junho deste ano, quatro dos seus professores - Fábio DaMatta, Wagner Araújo, Wagner Campos Otoni e Adriano Nunes Nesi - foram reconhecidos por suas contribuições excepcionais nas áreas de Fitotecnia, Agronomia, Bioquímica e Biologia Vegetal, entre os melhores cientistas do Brasil no recente ranking global divulgado pelo site Research.com.

INCT Fisiologia do Estresse

O prestígio do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal levou a UFV a sediar, desde o ano passado, o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Fisiologia de Plantas em Condições de Estresse (INCT Fisiologia do Estresse). Ele é coordenado pelo professor Adriano Nunes Nesi, que também é membro da Academia Brasileira de Ciências.

O INCT visa elucidar as bases fisiológicas e moleculares da aclimatação e adaptação ao estresse, usando não apenas as principais culturas agrícolas nacionais, mas também as espécies florestais da Amazônia de diferentes habitats e ritmos de crescimento. “É o conhecimento cada vez mais detalhado dos mecanismos envolvidos na fisiologia das plantas que leva a ciência a promover melhorias genéticas que permitam que elas se adaptem, por exemplo, aos eventos extremos trazidos pelas mudanças globais do clima”, explica o professor Nesi.

Além de sete professores da UFV, fazem parte do INCT outros 21 pesquisadores responsáveis por pesquisas conjuntas nas universidades federais de Juiz de Fora (UFJF), Mato Grosso (UFMT), Lavras (Ufla), Ceará (UFC), Amazônia (Ufam) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa).

A Universidade também integra a Rede Mineira de Fisiologia do Estresse desde 2016, quando ela foi criada, sendo financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig). A Rede busca atender aos interesses do estado no desenvolvimento de plantas adaptadas a condições adversas, como deficiência hídrica, altas temperaturas e irradiâncias, e elevado índice de dióxido de carbono (CO2).

O INCT Fisiologia do Estresse é coordenado pelo professor Adriano Nesi

Internacionalização

O desempenho do Programa de Pós-Graduação em Fisiologia Vegetal agora pode levar os estudantes da UFV ainda mais longe, precisamente para as melhores universidades da área de fisiologia vegetal na Espanha, considerada um polo internacional de formação de pesquisadores. No início de junho, os professores Adriano Nunes Nesi e Agustin Zsögön realizaram uma missão do Programa Institucional de Internacionalização (Capes-PrInt) na Espanha, a fim de prospectar oportunidades para intercâmbio de pesquisadores da pós-graduação nas instituições mais importantes daquele país: Centro de Genômica e Biotecnologia de Plantas, Centro Nacional de Biotecnologia, Universidade Complutense, Universidade Politécnica de Madri, Instituto de Pesquisas Agroambientais e de Economia da Água da Universidade da Ilhas Baleares (Palma de Mallorca), Universidade de Múrcia e o Centro de Edafologia e Biologia Aplicada do Segura (Murcia).

O encontro com as responsáveis pelas Relações Internacionais do Conselho Superior de Investigações Científicas da Espanha já permitiu a assinatura de um termo de compromisso - o primeiro passo para estabelecer relações oficiais entre a UFV e as universidades espanholas. Com isso, os pesquisadores do Programa de Pós-Graduação poderão fazer parte de sua formação nos melhores laboratórios de fisiologia da Espanha, ampliando redes internacionais de pesquisa e melhor formação acadêmica. Espera-se, em breve, a assinatura de um acordo para criar o programa de dupla titulação entre instituições, sendo que a UFV também receberá pesquisadores espanhóis interessados nas áreas de competência da fisiologia de plantas da Universidade.

As pesquisas realizadas no INCT Fisiologia do Estresse estão alinhadas aos itens 2 (Fome Zero e Agricultura Sustentável), 12 (Consumo e Produção Sustentáveis), 13 (Ação Contra a Mudança Global do Clima) dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS).