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UFV oferece curso para planejamento ambiental do Suriname

08/02/2021

A previsão é que o curso on-line termine em março

Dentro das ações de internacionalização da UFV, teve início, no último mês, o curso Geoprocessamento Aplicado ao Planejamento Ambiental no Suriname. A iniciativa está sendo destinada a 30 técnicos do governo surinamense, a maioria do Ministério da Agricultura, como parte do projeto estabelecido entre a Universidade, por meio do Departamento de Solos (DPS), o Ministério das Relações Exteriores, pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC), e o Governo do Suriname

O objetivo é capacitar profissionais técnicos do Suriname por meio de ensino a distância (EAD), em razão da pandemia da covid-19, com ferramentas de geoprocessamento, como o software ArcGIS e o Sistema de Informação Geográfica (SIG). Para isso, estão sendo fornecidos conhecimentos básicos sobre essas ferramentas, tendo como intuitos avaliar a aptidão agrícola das terras, recuperar áreas degradadas e promover o zoneamento agroecológico no país, que faz fronteira com os estados do Pará e do Amapá.

O projeto tem à frente os professores do DPS João Luiz Lani e Márcio Rocha Francelino, além do doutorando Agnaldo Roberto de Jesus Freitas, do Programa de Pós-Graduação em Solos e Nutrição de Plantas (PPGSNP), ministrante do curso. Para ele, que tem ministrado as aulas em inglês, a iniciativa “é uma grande experiência pessoal, por possibilitar o contato com outra cultura e adquirir aprendizados, e profissional, por compartilhar o conhecimento adquirido na UFV e contribuir de alguma forma com um melhor planejamento ambiental no Suriname”. 

De acordo Agnaldo, os alunos do curso são de diversas áreas no Suriname como: agricultura, solos, hidrologia, zootecnia, piscicultura, monitoramento florestal, sensoriamento remoto, dentre outros, e muitos estão tendo o primeiro contato com o geoprocessamento, principalmente com as ferramentas de SIG. A expectativa é que as aulas “possam contribuir ainda mais em cada área no melhor planejamento do uso recursos naturais de forma eficiente e sustentável no Suriname”.

Abdul Omar Kasijo, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca do Suriname, é um dos participantes que avaliou o curso como “muito bom, com um cronograma de trabalho e tópicos bem preparados”. Ele contou que já faz algum tempo que tem o objetivo de digitalizar toda a área agrícola do Suriname, a partir de um bom programa de trabalho ou sistema de banco de dados, e acredita que o ArcGIS “pode ser uma ótima ferramenta” para auxiliá-lo a alcançar esse objetivo. Abdul Omar destacou também que o trabalho em conjunto possibilitará ainda que o programa de geoprocessamento possa ser benéfico para todos os participantes do curso em seus campos de trabalho.

Outras ações

Além de assumir o compromisso de capacitar os funcionários públicos do governo surinamense, a UFV, por meio do Neput, também implantará um programa de Educação Ambiental, com o treinamento de 50 professoras, de duas diferentes regiões do Suriname, em técnicas de leitura de ambientes e a inserção da educação ambiental local no sistema de alfabetização das crianças.

Segundo o professor Lani, levando em consideração que o Suriname tem grande parte de seu território em florestas e a sua população é pequena, com cerca de 590 mil habitantes, é necessário um melhor planejamento para utilizar as suas riquezas naturais de forma correta, conciliando os aspectos econômicos, ambientais e sociais. “A UFV, com técnicas de geoprocessamento modernas e conhecimento ambiental, pode trazer aos técnicos do governo condições adequadas do uso dos seus recursos naturais. Essa é ainda uma excelente oportunidade para a internacionalização da Universidade e interação entre os professores da UFV com uma nova realidade”, destacou.

Lani ainda afirmou que tem sido “uma experiência inusitada, mas gratificante, contribuir para a melhoria das condições socioambientais de um povo que somente há 46 anos teve a sua autonomia, como nação independente”. O projeto conta com todo o apoio do Ministério da Agricultura do Suriname, através de Ruby Kromokardi, e da Embaixada Brasileira no Suriname, pelo embaixador Laudemar Aguiar.

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