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Campus Viçosa

UFV discute junto a ministérios criação de infraestrutura de inovação e oferta de novos cursos de graduação

26/11/2025

Uma comitiva de Viçosa — incluindo o reitor da UFV, Demetrius David da Silva, a diretora executiva do Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoPARQ), Adriana Ferreira de Faria, e o prefeito Ângelo Chequer — participou de uma audiência com a ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e outros representantes do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) na última terça-feira (25). O objetivo foi apresentar e obter apoio para duas propostas que contribuirão para o desenvolvimento científico, tecnológico e socioeconômico da cidade e sua região: o projeto urbanístico do tecnoPARQ e o projeto de instalação do Centro Tecnológico de Biossegurança e Quarentena Vegetal (CTBQV).

De acordo com o reitor, as propostas são resultado da união de esforços da UFV e do poder público para que a cidade de Viçosa, que tem sua história marcada pela produção e difusão de conhecimento científico e tecnológico, avance ainda mais. Os projetos, como Demetrius destacou, apontam nesta direção, prevendo infraestrutura para atrair e dar suporte ao crescimento de empresas e gerar empregos qualificados, também melhorando a qualidade de vida da população, protegendo o meio ambiente e tornando o país mais competitivo.

Entre os participantes da audiência, em Brasília (DF), estiveram (da esq. para a dir.): o representante da Secretaria Municipal de Desenvolvimento, Marcos de Melo; o vereador Idelmino da Silva; a diretora-executiva do tecnoPARQ, Adriana Ferreira de Faria; o prefeito Ângelo Chequer; a ministra Luciana Santos; o reitor Demetrius David da Silva; e o gerente regional da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) na Região Centro-Oeste, Wadson Ribeiro

A diretora-executiva do tecnoPARQ explicou que o projeto urbanístico considera 214 hectares — sendo 174 dedicados à preservação ambiental — e transformará a área em um Distrito de Inovação, orientado pela missão nº 3 da Nova Indústria Brasil (política do governo federal que pretende impulsionar a indústria nacional). Isso significa dar mais condições para a colaboração entre instituições de pesquisa e de fomento, empresas e a sociedade.

O projeto urbanístico prevê: 8,7 km de vias asfaltadas, ampliando a mobilidade e a conexão com um anel viário; rede de drenagem, água potável, energia e iluminação pública; praças, parques, anfiteatro, ciclovias, pista de skate, mobiliário urbano moderno e com acessibilidade universal; ligação e integração de comunidades, como Zig-Zag, Buieié e Violeira, e escolas municipais.

Adriana afirmou que o projeto urbanístico fortalecerá o ecossistema de empreendedorismo e inovação já existente “ao oferecer um espaço de excelência para empresas de base tecnológica e infraestrutura de ponta para testes, validação e prototipagem em escala real”. Ao mesmo tempo, conforme sua apresentação, “cria um espaço privilegiado de esporte, cultura, lazer e economia criativa para a sociedade”.

Já o Centro Tecnológico de Biossegurança e Quarentena Vegetal está projetado para ocupar cerca de 3 mil m², dentro do tecnoPARQ, e servir como referência internacional em sanidade vegetal e quarentena e inteligência fitossanitária. Segundo Adriana, “o Brasil perde bilhões com pragas, além de enfrentar gargalos no sistema quarentenário nacional, que é moroso e insuficiente diante da demanda crescente de CT&I (Ciência, Tecnologia e Inovação) por parte dos ICTS (Institutos de Ciência e Tecnologia) e empresas”. Para ela, “a instalação do CTBQV reforçará a posição do Brasil como líder mundial em agricultura sustentável, além de atrair investimentos e empresas do setor de biotecnologia, sementes, defesa vegetal e genética agrícola”. O Centro Tecnológico, como informou, está alinhado à missão nº 1 da Nova Indústria Brasil.

O reitor ressaltou o apoio que o tecnoPARQ já recebe, como o mais recente aporte de R$ 15 milhões da Finep para a construção de um novo edifício de 4 mil m², que está em fase de implantação. E que, para a execução completa do projeto urbanístico e do CTBQV, a participação do MCTI e das agências de financiamento continua sendo essencial. Ele acrescentou que as propostas “representam um avanço regional e um salto nacional, em termos de ciência, tecnologia e segurança alimentar, considerando a relevância de uma universidade federal centenária, como a UFV”.

A importância dos projetos e o alinhamento com as prioridades do MCTI foram reconhecidos pela ministra, e os representantes da Finep se colocaram à disposição para identificar maneiras de apoiá-los. A expectativa, agora, é ajustar as tratativas técnicas para viabilizar as próximas etapas de execução dos projetos.

 

Reunião no Ministério da Educação

Também na terça-feira, o reitor Demetrius David da Silva se reuniu com a coordenadora-geral de Relações Estudantis da Secretaria de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC), Lúcia Pellanda. Eles discutiram a demanda de recursos humanos e orçamentários para a abertura dos novos cursos criados pela UFV — Ciência de Dados, Engenharia de Robôs e o curso de Psicologia, no campus Viçosa; Engenharia Ambiental e Sanitária e o curso de Matemática Aplicada e Computacional, no campus Florestal, e Ciência de Dados e Inteligência Artificial e o curso de Medicina, no campus Rio Paranaíba.

A coordenadora-geral, de acordo com o reitor, se comprometeu a apresentar a pactuação no início de dezembro, tratando especialmente de vagas de docentes. No caso das vagas de técnicos e do orçamento para os investimentos necessários, Demetrius informou que não há previsão de liberação em 2025 e que isso será negociado em 2026.