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29/07/2025
Pesquisadores do Departamento de Engenharia Florestal da UFV descobriram uma nova espécie de árvore na região de Coronel Fabriciano, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais. A pequena árvore, de até seis metros, pertence à mesma família botânica (Myrtaceae) de plantas já bem conhecidas como a jabuticaba, pitanga, goiaba, araçás e gabiroba e, por enquanto, não é possível saber se ocorre em outras regiões do país. A descoberta foi publicada, em julho, no periódico científico Phytotaxa.
A descoberta aconteceu por acaso, quando uma árvore florida e com folhas de tamanho incomum para a família chamou a atenção do pesquisador Otávio Verly, quando fazia um inventário florestal para a sua tese, nas parcelas de monitoramento de flora das áreas de preservação da empresa Cenibra. Segundo o doutorando, este monitoramento é feito a cada cinco anos para verificar os processos demográficos dos fragmentos florestais. De volta à Viçosa, com as fotos e o material seco da árvore, Otávio identificou que a planta parecia pertencer ao gênero Myrcia, que reúne mais de 400 espécies, sendo que mais de cem delas ocorrem em Minas Gerais.
Ao comparar com as espécies descritas, os pesquisadores do Grupo de Estudo em Economia e Manejo Florestal (GEEA) perceberam que poderia se tratar de uma planta ainda desconhecida. Foi então que realizaram novas coletas em campo, para obter material botânico com frutos, a fim de se ter amostras (exsicatas) com todos os órgãos reprodutivos da planta. Em seguida, os materiais secos foram comparados com imagens disponíveis em plataformas e literaturas especializadas e depositados no Herbário UFV. A descoberta contou com a participação do botânico e professor da Universidade Federal de São João Del Rey Marcos Sobral, especialista em Myrtáceas, que colaborou no processo de descrição detalhada da nova espécie.
Os pesquisadores contam que, na mesma região, foram encontradas apenas 11 plantas, entre jovens e adultas. As árvores variam de três a seis metros de altura, possuem folhas longas e caule fino e chamam a atenção pela grande quantidade de pelos, principalmente sobre o caule e parte de baixo das folhas, que dão a ela um aspecto marrom-avermelhado. Também na superfície das folhas são facilmente visíveis pontuações translúcidas que foram a motivação para a escolha do nome magnipunctata, do latim “com grandes pontuações”. “Elas se assemelham muito com Myrcia espiritosantensis e Myrcia megaphylla, plantas também recentemente descritas. Agora, o próximo passo é estudar a ecologia reprodutiva e a população para melhor embasar práticas de conservação da espécie”, disse Otávio Verly.
De acordo com Luiz Cláudio Cabral, estudante de graduação de Engenharia Florestal e um dos autores da descoberta, a observação de 11 indivíduos em um único local pode ser um indicativo de raridade e restrição, mas, como o próprio município não tem muitos registros das espécies locais, pode ser que ela ocorra em outros fragmentos e só está passando despercebida aos olhos leigos da maioria.
“Hoje nos resta muito pouco da Mata Atlântica, e muita gente acha, que até mesmo por ser o bioma mais povoado, tudo já foi visto e descoberto. Mas trabalhos como este mostram que não, a Mata Atlântica ainda resiste e temos muito a descobrir sobre ela”, lembrou o professor Carlos Eleto Torres.
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