Institucional
Campus Viçosa
11/04/2025
Tonico, Fábio Assunção, Raposinha (foto acima)... São alguns dos nomes dados pela comunidade universitária aos cães mais conhecidos do campus Viçosa da UFV. Amigáveis ou não tão amigáveis em alguns momentos, o fato é que esses animais vivem no campus — por várias circunstâncias, como o abandono — e de vez em quando estão envolvidos em ocorrências e situações de conflito. Por isso, foi instituído o Programa de Manejo Integrado de Animais da UFV (MIAU), cujos resultados estão começando a aparecer no dia a dia.
Pensando no bem-estar e na segurança de todos, e após muitas conversas com as autoridades municipais, a Universidade proativamente compôs uma comissão técnica e elaborou o MIAU. Com sete projetos que abordam tanto o manejo dos animais quanto campanhas educativas para a população, o Programa é realizado desde meados de 2023 no campus Viçosa e será implementado posteriormente nos campi Florestal e Rio Paranaíba.
O presidente da comissão técnica, o pró-reitor de Assuntos Comunitários Bruno Henriques, explica que, inicialmente, o foco está nos cães e gatos. Mas o MIAU contempla animais tanto domésticos quanto sinantrópicos — que conseguem se adaptar e viver próximo ao ser humano, como pombos e ratos. A intenção, de acordo com Bruno, é agir de maneira protocolar, “sempre na perspectiva da Saúde Única, que considera o ambiente como um todo”.
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O professor do Departamento de Veterinária Rodrigo Alves Barros integra a coordenação das atividades práticas e conta que a primeira ação foi identificar e registrar o grupo específico de cães e gatos que vivem no campus Viçosa. Isso quer dizer que a equipe do MIAU sabe quantos, onde e como estão esses animais; na ficha de identificação consta, por exemplo, a idade estimada, o estado reprodutivo e fotografias. Depois, foram iniciados os ciclos de manejo e monitoramento, com rondas periódicas, que permitem verificar os cães e gatos que estão precisando de atendimento e tratamento ou representam ameaça.
Os processos incluem recolhimento, alimentação adequada, vermifugação, vacinação e castração, entre outros. É um trabalho árduo e, muitas vezes, a equipe do Programa conta com parceiros. A Divisão de Vigilância e o Serviço de Corpo de Bombeiros geralmente colaboram no recolhimento e monitoramento; a Fundação Arthur Bernardes entra com a doação de insumos, como ração, vermífugo e vacina. O Departamento de Veterinária, parceiro fundamental, realiza diversos atendimentos e procedimentos por meio do seu hospital veterinário. E Rodrigo ainda cita ONGs e outras organizações, além de protetores independentes que cuidam dos animais no campus.
Para tanta assistência, o MIAU ganhou uma sede (fotos abaixo); uma casa que já existia no campus Viçosa e foi reformada pela Pró-Reitoria de Administração, com o custo de R$ 190.000,00. Antes, o ponto de apoio era a Unidade de Vigilância em Zoonoses da Prefeitura Municipal de Viçosa; agora, a sede disponibiliza a infraestrutura necessária e funciona como espaço de ensino, pesquisa e extensão da UFV. O professor destaca que isso possibilitará até que alguns cães sejam adestrados, o que é muito importante nos processos de reabilitação e realocação: “dois médicos veterinários, o adestrador Andrês Coelho e a bolsista de Aprimoramento Profissional Paula Frutuoso, estão criando uma rotina de treinamento com esse objetivo”.
Aos poucos, as ações são desenvolvidas e o Programa é aprimorado. Rodrigo adianta que cada cão está recebendo um microchip com tecnologia NFC, que permite que qualquer pessoa acesse seu banco de dados via smartphone. Isso está sendo testado e a expectativa é que, em breve, seja um recurso para toda a comunidade universitária se informar sobre os animais e receber dicas de como lidar em qualquer situação em que eles estejam envolvidos.
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Com o MIAU, já é notada a queda do número de ocorrências envolvendo principalmente cães no campus Viçosa, como o pró-reitor de Assuntos Comunitários informa. Mas, apesar de mostrar eficiência, a iniciativa também revela a existência de questões sensíveis relacionadas à saúde pública e saúde animal enfrentadas na cidade e região. O reitor Demetrius David da Silva salienta que o Programa existe para o grupo específico de animais que vivem no campus, mas, sozinho, não bastará. “É importante ter somada a atuação das esferas da administração pública e a conscientização da população sobre a responsabilidade e o cuidado com os animais domésticos”, complementa.
Especificamente o abandono é uma questão presente e séria: é crime e nem todos sabem disso. O reitor e o pró-reitor lembram que a Divisão de Vigilância está atenta e atua em parceria com a Polícia Militar nos casos de flagrante, pessoalmente ou por imagens de câmeras.
Muito será feito ainda, incluindo feiras de adoção. A UFV sempre está buscando e promovendo a convivência harmoniosa em seus campi. Todos podem acompanhar as novidades nas mídias da Universidade; logo, o MIAU terá site e redes sociais.
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