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Acesso à internet em comunidades quilombolas é um dos temas da websérie produzida por grupo de pesquisa da UFV

17/07/2024

Divulgação

"Agbegbe", palavra iorubá para território, é o nome da terceira temporada da websérie Meios de Prosa, que foi lançada, no último dia 5, pelo grupo de pesquisa Meios – Comunicação, Relações Raciais e Gênero da UFV. O lançamento aconteceu no mês em que se celebra o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha. A cada sexta-feira, o grupo disponibiliza em seu Instagram e no YouTube um novo episódio, tendo mulheres quilombolas de Minas Gerais como entrevistadas.

Depois de abordar, nas temporadas anteriores, assuntos como articulação de lideranças femininas e racismo, a websérie, desta vez, tem como foco as questões de infraestrutura e conquistas de direitos nas comunidades quilombolas brasileiras. A conexão à internet é um ponto importante e problemático na fala de todas as entrevistadas, bem como o acesso à educação e transporte.

A entrevistada do primeiro episódio é Gracielly Naiara Veloso, 32 anos, liderança da Comunidade Quilombola dos Arturos (Contagem). Formada em administração, coordenadora de projetos, especialista em direito de cotas e projetos culturais sociais e terapeuta do feminino, Naiara aborda o papel fundamental das mulheres na administração das famílias e da comunidade. No episódio da última sexta (12), Dirciana Melo, 30 anos, uma das lideranças da Comunidade Quilombola Santo Antônio do Morro Grande (Ressaquinha), ilustra o poder emancipatório da educação.

Nos próximos episódios, que serão exibidos nos dias 19 e 26, as entrevistadas serão a presidente do sindicato de trabalhadores rurais e da associação de moradores da comunidade quilombola Fazenda dos Coelhos (Rio Pomba), Natalina de Souza, e a estudante de Geografia Ana Caroline Dias, da comunidade quilombola de São Sebastião da Boa Vista (Santos Dumont).

Com a coordenação da professora Ivonete da Silva Lopes (Departamento de Economia Rural) e produção da estudante Juliana Shimada Brotto, o projeto audiovisual é um recorte da pesquisa Dos quilombos às favelas: mulheres negras, interseccionalidade e acesso às tecnologias da informação e comunicação, que tem o apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

Mais detalhes sobre as entrevistadas e o projeto podem ser conferidos no site do Departamento de Economia Rural.