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Capes passa avaliar artigos pela qualidade, e não mais pelo impacto da revista

28/11/2024

De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a Coordenação de Aperfeiçoamento Pessoal de Nível Superior (Capes), órgão ligado ao MEC e responsável por gerenciar os programas de pós-graduação no país, fará uma mudança no modelo de avaliação da produção científica nacional. A partir do ciclo 2025-2028, o processo passará a focar a classificação dos artigos publicados, e não mais o periódico em que o texto saiu.

A produção científica é avaliada a cada quatro anos como parte do processo de avaliação dos programas de pós-graduação. As avaliações podem manter o financiamento de recursos para pesquisa e pós-graduação, como bolsas de mestrado e doutorado e auxílios para laboratório e de publicação, ou podem ser reduzidas, se o desempenho no período for abaixo do esperado.

Anteriormente, os artigos eram classificados segundo uma lista conhecida como Qualis Periódicos, que estratificava os títulos conforme uma classificação (de A1 até B4) baseada no impacto científico internacional dos periódicos. Nessa avaliação, revistas eram ranqueadas por área, segundo o fator de impacto geral na plataforma, o que gerava uma discrepância, já que artigos de melhor qualidade podiam ter uma avaliação pior se fossem publicados em uma revista de nível inferior do que aqueles publicados em revistas A1 ou A2, por exemplo.

Agora, a avaliação será feita com três procedimentos: levando em consideração a relevância da revista e do artigo, como por meio das citações alcançadas; se ele foi publicado em uma revista indexada em grandes bases de periódicos e de acesso aberto; e pela qualidade do artigo em si.

Segundo a Capes, os documentos orientadores das novas regras serão publicados de forma detalhada em março de 2025.