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UFV aprova projeto para criar Cátedra da Unesco para Economia Criativa e Políticas Públicas

25/03/2022

A UFV vai sediar uma Cátedra da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) para estudos e projetos ligados à economia criativa e políticas públicas. Após dois anos de negociações e relações internacionais, o projeto de criação da primeira cátedra neste tema em todo o mundo foi aprovado, interna e externamente, e agora segue para a chancela final da Unesco.

A aprovação do projeto, elaborado pelo grupo de pesquisa em Gestão e Desenvolvimento de Territórios Criativos (GDTEC), vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Administração Pública da UFV, foi comunicada oficialmente ao reitor da Universidade, Demetrius David da Silva, pelo diretor da área do Futuro da Aprendizagem e Inovação da Unesco, Sobhi Tawil, no dia 15 de março.

Segundo o professor do Departamento de Administração e coordenador do projeto, Magnus Luiz Emmendoerfer, a Cátedra reunirá, inicialmente, pesquisadores de 14 universidades brasileiras, a maioria pública, além de quatro estrangeiras. Nelas, há pesquisadores de áreas multidisciplinares, como engenharia ambiental, geografia, economia, turismo, administração, gestão pública e ciências naturais, que estarão ligados a uma rede global, articulando temas como turismo, cultura, gestão e eventos.

O professor Magnus explica que o objetivo é criar, na UFV, um centro de excelência que possibilite congregar e difundir conhecimentos sobre economia criativa e políticas públicas, bem como os seus efeitos e impactos no desenvolvimento local e regional. A Cátedra também pretende desenvolver treinamentos e programas de pesquisas para capacitar acadêmicos, comunidades, profissionais e parceiros envolvidos com o tema.

Desde o ano 2000, o Brasil reconhece a economia criativa como um setor de atividades com alto potencial para geração de renda e trabalho, sobretudo para populações mais jovens e vulneráveis. Um bom exemplo é o crescimento, na última década, de projetos empreendedores relacionados à cultura, inovação, turismo e educação. No entanto, segundo os especialistas, a economia criativa ainda carece de políticas de incentivo.

De acordo com o professor Magnus, as universidades têm um papel importante para interpretar os dados e tendências da área para que esse conhecimento chegue à população que ainda não percebe a sua potência ou não se identifica com as muitas possibilidades que ele oferece. “A economia criativa expressa um setor produtivo, que permite integrar atividades, desde as artísticas até as mais tecnológicas. Os saberes tradicionais, que podem ser o grande diferencial desses projetos, devem estimular o empreendedorismo nesse setor em regiões do interior do Brasil”, disse ele.

Para Demetrius, é uma honra para a UFV sediar uma Cátedra mundial em uma área tão relevante. “A Universidade tem muita habilidade para dinamizar economias. Somos referência em criação de setores específicos da área, como rural, aplicada, doméstica, além do cooperativismo, e faremos isso também com a economia criativa. Queremos que esta rede de conhecimento que as universidades irão gerar influencie políticas públicas de incentivo ao setor e estamos dando os primeiros passos para isso”, afirmou. Ele ainda ressaltou que entre os objetivos do programa está o de oferecer capacitação para mão de obra especializada. “Nossas universidades já têm muita experiência em projetos de ensino e extensão, o que favorece ainda mais nosso protagonismo neste programa”, destacou o reitor.

A UFV já trabalha com o tema gestão e desenvolvimento de territórios criativos desde 2012, quando foi criado o GDTEC. O grupo de pesquisa foi o primeiro registrado com esse enfoque no Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPq) e busca contribuir com a Agenda Global 2030 das Nações Unidas, principalmente com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), especificamente o oitavo, que trata de trabalho digno e crescimento econômico, e o 11º, que faz referência às cidades e comunidades sustentáveis.

As universidades que farão parte da Cátedra Creative Economy & Public Policies serão:

  • Centro Universitário Senac

  • Universidade Católica de Minas Gerais (PUC Minas)

  • Universidade de São Paulo (USP)

  • Universidade do Amazonas (Unama)

  • Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc)

  • Universidade Federal da Paraíba (UFPB)

  • Universidade Federal de Goiás (UFG)

  • Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF)

  • Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop)

  • Universidade Federal de Pernambuco (UFPE)

  • Universidade Federal de São João Del Rey (UFSJ)

  • Universidade Federal do Amazonas (Ufam)

  • Universidade Federal Fluminense (UFF)

  • Universidade Feevale (Feevale)

  • Breda University of Applied Sciences - Holanda

  • Erasmus University Rotterdam - Holanda

  • Tilburg University - Holanda

  • Universidade de Coimbra - Portugal

Divulgação Institucional

O professor Magnus Emmendoerfer será o coordenador geral da Cátedra