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Campus Viçosa

Pesquisa indica que campus Viçosa é neutro em carbono

05/04/2021

Áreas de vegetação pertencentes à UFV neutralizam as emissões de Gases de Efeito Estufa

Em função das consequências provocadas pelos Gases de Efeito Estufa (GEEs) no meio ambiente e na população mundial, cresce, a cada dia, o número de instituições públicas e privadas em busca de ações para diminuir ou até mesmo neutralizar as emissões desses gases. Na UFV, uma monografia defendida no curso de Engenharia Florestal mostrou que, no campus Viçosa, a Universidade está na direção certa no que diz respeito à neutralização dos GEEs. 

O trabalho Balanço de carbono do campus-sede da Universidade Federal de Viçosa: inventário das emissões de gases de efeito estufa e remoção de carbono pelas florestas no ano-base de 2019 foi defendido pela estudante Thaís de Almeida Rocha, em 2020, durante o Período Especial Remoto. A pesquisa, orientada pelo professor Laércio Antônio Gonçalves Jacovine (Departamento de Engenharia Florestal), constatou que, em 2019, o campus Viçosa emitiu algo em torno de 3.492,4583 Mg de CO2

De acordo com a pesquisa, a principal fonte emissora de gás carbônico, naquele ano, foi o consumo de energia elétrica, responsável por 33,92% do valor total emitido. Mas como o campus tem uma área de floresta em torno de 1.027,161 hectares, o que representa mais de 62,6% de sua área total, a remoção de carbono pela vegetação arbórea foi de 8.547,7618 Mg de CO2. O balanço de carbono obtido, portanto, foi positivo: 5.055,30 Mg de CO2. Isso indica que as áreas de vegetação pertencentes à UFV neutralizam as emissões de GEE geradas pelas fontes consideradas no inventário desses gases.

Para a Universidade, esse é um resultado importantíssimo, que vem sendo almejado por diversas instituições do mundo. Segundo Thaís Rocha, a pesquisa demonstra a postura correta da Universidade em relação ao meio ambiente, o que dá ainda mais credibilidade à instituição, além de despertar o interesse de quem busca maneiras de diminuir impactos ambientais.

O professor Laércio Jacovine considera que o trabalho não só confirma o papel da UFV na minimização das mudanças climáticas, mas também contribui para que ensino, pesquisa e extensão estejam alinhados com as demandas da sociedade, que deseja ações mais sustentáveis das organizações. Na opinião do professor, balanços como este realizado pela Thaís devem acontecer anualmente e ser cada vez mais aprimorados. O professor também recomenda que a pesquisa seja expandida para todas as áreas da Universidade, incluindo os outros campi.

 

Para a instituição

O diretor de meio ambiente da UFV, Ulisses Bifano Comini, acredita que o resultado da pesquisa abre uma janela de oportunidades focadas na redução de emissões de carbono por meio da gestão eficiente do consumo de recursos naturais e bens. Além disso, indica que deram frutos os esforços atuais e passados da instituição para a preservação e recuperação de áreas florestais em suas propriedades. “Mesmo que seja uma pequena parcela, elas contribuem para o objetivo mundial de redução de emissões de carbono”.

Para o reitor Demetrius David da Silva, pesquisas com este perfil ajudam a nortear e definir políticas cada vez mais eficientes de sustentabilidade. Embora o estudo demonstre que o trabalho que vem sendo realizado pela Universidade esteja gerando bons resultados, “ainda há muito o que fazer”, na avaliação do reitor. Contudo, reconhece: “estamos no caminho certo para efetivar uma mudança institucional no que diz respeito ao desenvolvimento sustentável”. Um exemplo disso são as usinas fotovoltaicas instaladas nos três campi. Elas integram o programa de eficiência energética na UFV, cujo objetivo é melhorar a utilização das fontes de energia e, consequentemente, reduzir os gastos orçamentários e preservar o meio ambiente.

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