Institucional
Campus Viçosa
26/05/2020
A Unidade utilizará a estrutura de laboratórios e salas do DEF
A área de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da UFV ganhou um importante impulso esta semana com a aprovação da primeira Unidade Embrapii da instituição. A proposta contemplada no edital da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) vem do Departamento de Engenharia Florestal (DEF), que, nos próximos três anos, receberá um aporte de recursos na ordem de R$ 6 milhões para investimentos em projetos de PD&I que atendam demandas de indústrias do setor. Esses projetos envolverão desde a produção até a conversão das fibras florestais em novos materiais e produtos de maior valor.
O credenciamento para a obtenção desses recursos poderá ser renovado por mais três anos, desde que a Unidade Embrapii em Fibras Florestais da Universidade Federal de Viçosa cumpra as metas previstas no contrato, que deverá ser assinado pelo reitor Demetrius David da Silva nos próximos dias. A principal meta, segundo o professor Gleison Augusto dos Santos, que coordenará os trabalhos da Unidade, é a captação de projetos na iniciativa privada. Ele explica que, para se ter acesso ao financiamento da Embrapii, será preciso captar outros R$ 6 milhões com empresas do setor privado. Mas, pelo histórico do Departamento, isso não será difícil. Tanto é que um dos critérios obrigatórios para participação no edital era ter obtido, nos últimos três anos, pelo menos R$ 5 milhões com empresas privadas.
O chefe do Departamento de Engenharia Florestal, professor Sebastião Renato Valverde, atribui esse histórico de contratos relevantes com empresas à Sociedade de Investigações Florestais (SIF), da qual é o atual diretor geral. E destaca: “Ficamos muito felizes com esta aprovação na Embrapii, honramos o trabalho que vem sendo desenvolvido há anos e estamos muito esperançosos de que daremos uma guinada na área de pesquisa florestal junto com a UFV”. Essa “guinada” significa, segundo ele, aportar recursos para pesquisas que precisam ser alavancadas e que sofrem com as restrições orçamentárias, decorrentes, por exemplo, da falta de financiamento das agências fomentadoras dos governos estadual e federal.
A boa notícia recebida pelo DEF chega como um presente de aniversário pelos 60 anos que o curso de Engenharia Florestal comemora em 2020. A Unidade Embrapii de Fibras Florestais vai funcionar no DEF, utilizando sua estrutura de laboratórios e salas. Ela terá, conforme o professor Gleison dos Santos, três grandes sublinhas de pesquisa: produção e qualidade de fibras - o que envolve plantio de florestas no campo; tecnologias de escala nano, incluindo, por exemplo, nano lignina e nano celulose, e, produção de biocombustíveis sustentáveis a partir de biomassa de espécies florestais e produção de energia. Nessa última sublinha, a expectativa do professor Valverde é a de que se possa desenvolver na UFV um polo de pesquisa, que não existe em nenhuma universidade brasileira, de geração de energia termoelétrica com biomassa florestal.
O trabalho da Unidade Embrapii de Fibras Florestais deverá começar a partir de 1º de julho e envolverá, além professores e técnicos do DEF e da SIF, docentes de outros departamentos que ali ministram aulas e realizam pesquisas. A Unidade do DEF é uma das 11 selecionadas, com o apoio da Secretaria de Educação Superior (SESu) do Ministério da Educação, entre as 37 propostas apresentadas por grupos de pesquisas de universidades. Elas se juntarão a seis unidades já credenciadas e vinculadas às universidades federais (UFRGS, UFSC, UFRJ, UFMG, UFU, UFCG). Agora, serão 17 unidades Embrapii em instituições federais de educação superior credenciadas para desenvolvimento de projetos de inovação. Ao todo, a rede credenciada conta com 55 unidades.
Além de estimular a interação entre o setor produtivo e os centros acadêmicos, o credenciamento de unidades em universidades federais também visa capacitar profissionais qualificados para atuarem em projetos de PD&I na indústria. O programa prevê a participação de estudantes de graduação e pós-graduação em projetos Embrapii, no modelo hands-on, que possibilita o aprendizado a partir da experiência real, atuando em projetos de pesquisa aplicada com a indústria. O programa de formação de Recursos Humanos da Embrapii permite o desenvolvimento de habilidades que ultrapassam a dimensão técnica, como as de persuasão e negociação; gerenciamento de projetos; comunicação e liderança.
Apoio
Na avaliação da diretora executiva do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (CenTev/UFV), professora Adriana Ferreira de Faria, a aprovação do Departamento de Engenharia Florestal como Unidade Embrapii é um caso exemplar de sucesso de um trabalho colaborativo. Ele começou quando a administração superior da UFV, ainda em 2019, liderou a negociação com a SESu/MEC para a disponibilização dos recursos para a chamada, bem como coordenou a mobilização do DEF, da SIF e da Funarbe, atribuindo a responsabilidade do processo de desenvolvimento da proposta ao tecnoPARQ/CenTev e à Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PPG).
Para Adriana Faria, a operação da Unidade Embrapii em Fibras Florestais é o melhor exemplo do modelo da Triple Helix de inovação tecnológica, de interação universidade-empresa-governo, tendo o tecnoPARQ como uma organização intermediária, um motor dessa hélice, capaz de potencializar os resultados das ações. “É o ciclo de desenvolvimento econômico e social promovido pela inovação tecnológica, advinda da pesquisa científica e tecnológica, com a liderança de uma universidade empreendedora como é a UFV”, avalia.
O pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, professor Raul Narciso Carvalho Guedes, acredita que a proposta da Unidade de Fibras Florestais – “nicho carente na Embrapii e com demanda crescente” -, irá explorar e avançar áreas tradicionais de pesquisa na UFV. Também possibilitará o estabelecimento de novas áreas de pesquisa e novos substratos, com destaque para o bambu como fonte de fibras de uso diferenciado e versátil. Em sua opinião, “a experiência foi muito positiva para a instituição e a expectativa é grande com relação a ela”.
O reitor Demetrius David da Silva destaca que a aprovação da Unidade Embrapii na UFV é um reconhecimento, em nível nacional, da atuação da Universidade em PD&I. Segundo ele, “a administração superior seguirá trabalhando na construção de novos projetos dessa envergadura para resgatar a credibilidade institucional da UFV como ambiente privilegiado de inovação e desenvolvimento”.
Embrapii
Segundo o site do MEC, a Embrapii é uma instituição privada sem fins lucrativos, que tem como principal missão contribuir para o desenvolvimento da inovação e da competitividade da indústria brasileira com o atendimento às demandas de inovação do setor produtivo. Além do MEC, os ministérios da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC) e da Saúde são responsáveis, predominantemente, pelos recursos da Embrapii, provenientes de contratos de gestão.
Adriana Passos
Divulgação Institucional
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