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UFV-Florestal inaugura Centro de Referência em Cachaça

24/03/2025

Visando fortalecer ainda mais a tradição de Minas de Gerais como produtora de cachaça e trazer inovações ao setor, a UFV-Florestal  inaugurou, em 21 de março, o Centro de Referência em Cachaça. Trata-se de uma ação que busca conectar tecnologia e produção para aprimorar a qualidade da cachaça e reduzir a informalidade no setor.

O projeto é coordenado pelo professor José Carlos Baffa Júnior, do curso de Engenharia de Alimentos da UFV-Florestal,  com valor previsto e repassado para compras de equipamentos de R$ 3,7 milhões e com gasto das obras e reforma para instalação do laboratório no valor de R$ 200 mil. O espaço faz parte do projeto Centro de Referência em Cachaça do Estado de Minas Gerais - Transferência de Tecnologia aos Produtores, viabilizado pelo governo de Minas, com investimento da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig) e capitaneado pela Secretaria de Estado de Agricultura (Seapa).  

O Centro de Referência em Cachaça visa dar apoio total aos produtores da bebida, que receberão assistência técnica baseada em dados laboratoriais, com foco em segurança alimentar e padrões internacionais. Assim, o objetivo principal, de acordo com o professor Baffa, é retirar o grande número de trabalhadores informais do setor, que somam cerca de 90% dos produtores. O laboratório é uma base de análises das quais se pode obter conclusões de onde estão os pontos críticos que devem ser controlados durante a produção. "Se um elemento x está fora do padrão, nós conseguimos determinar se a causa pode estar relacionada ao solo, ao tipo de cana, ao processo de fermentação ou de destilação. E, com isso, nós podemos intervir nessa consultoria gratuita simplesmente para ajudar o produtor", explicou o coordenador do projeto.

De acordo com o diretor-geral do campus Florestal, professor Antônio Cézar Pereira Calil, o Centro de Referência em Cachaça vai ao encontro do esforço do campus para fortalecer sua atuação regional. Nesse caso, o laboratório terá importância em "dar suporte para os produtores buscarem cada vez mais a formalidade para uma produção de maneira correta, ativando a economia e fomentando esse importante setor em Minas Gerais".

Para a superintendente de Abastecimento Alimentar e Cooperativismo da Seapa, Jaqueline Santos, a estruturação do Laboratório da Cachaça em Florestal é importante para o setor, para a economia e a valorização do produto. “A cachaça é um símbolo importante de Minas Gerais, representando parte da história e da cultura do nosso estado. As bebidas produzidas em alambique refletem a tradição ao utilizarem a mão de obra familiar. Essas análises e laudos, realizados pela instituição, contribuirão para a assistência técnica a produtores de cachaça, bem como para a qualidade da bebida e segurança alimentar do consumidor”, ressaltou.

O projeto conta com a colaboração da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado de Minas Gerais (Emater–MG), do Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA), da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) e da prefeitura de Florestal. Todos são parceiros de longa data e fundamentais para a UFV, como destacou o reitor Demetrius David da Silva, citando também a Seapa, a Sede e a Fapemig.  Segundo o professor Demetrius, "este projeto reforça o compromisso da Universidade com a inovação, a pesquisa e a valorização da tradição mineira, conectando o conhecimento acadêmico às necessidades reais dos produtores. Ao oferecer,  junto a parceiros muito importantes para nós, suporte técnico e incentivar a formalização do setor, contribuímos não apenas para a melhoria da qualidade deste produto tão tradicional, mas também para o fortalecimento da economia regional”.

Conforme o subsecretário de Ciência e Tecnologia da Sede-MG, Lucas Mendes, “o Centro de Referência em Cachaça de Florestal é mais uma demonstração de como a ciência e a tecnologia podem beneficiar setores tradicionais. Essa infraestrutura tecnológica irá possibilitar melhorias na qualidade de produtos, redução de custos para nossos produtores e propiciar que essa iguaria chegue a diversos locais, além de Minas, com mais qualidade, segurança e valorização”.

 

Serviço de Comunicação Institucional do campus Florestal

Imagens: Samuel Francisco de Castro e Diego Vargas (Seapa)