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Pesquisa cria plataforma aberta e gratuita para análise de dados de interação entre proteínas

24/05/2022

A pesquisa gerou uma estratégia computacional para detectar sítios de ligação em proteínas

Um trabalho orientado pela professora Sabrina Silveira, do Departamento de Informática (DPI) da UFV, criou uma estratégia computacional para detectar sítios de ligação em proteínas. A estratégia é capaz de apoiar a determinação da função de proteínas, bem como a descoberta e desenho de fármacos. Por meio de inteligência artificial, o programa analisa, em segundos, milhões de dados que podem ajudar a ciência a compreender funções moleculares. 

A pesquisa foi desenvolvida por Charles Santana, quando foi aluno de mestrado no DPI e seguiu pelo doutorado dele na Universidade Federal de Minas Gerais, ainda orientado pela professora Sabrina. No início de maio, o trabalho foi publicado na revista Nucleic Acids Research, de altíssimo impacto no mundo científico. 

Segundo a professora Sabrina, a ciência gera, continuamente, dados em larga escala sobre sequenciamento de genomas e proteínas de diversos organismos. No entanto, não é possível analisar tudo de forma manual, daí a importância de estratégias automáticas que possam analisar os dados em larga escala e de maneira confiável. “A estratégia proposta nesta pesquisa acelera o avanço do conhecimento do potencial destas proteínas comparando sítios de ligações delas com outras que desempenham funções interessantes ou semelhantes”, disse Sabrina. O programa desenvolvido também colabora no estudo de novas moléculas que podem ser alvos terapêuticos para doenças. “As análises de milhões de dados são feitas muito rapidamente, tornando os experimentos mais baratos e mais ágeis para gerar experimentos laboratoriais mais baratos”, explicou Charles Santana.

De acordo com os pesquisadores, a estratégia é considerada padrão ouro internacional porque tem resultados semelhantes ou superiores a concorrentes de grandes laboratórios de pesquisa, além de ser de uso aberto e gratuito na plataforma batizada de GRaSP.

O projeto de pesquisa e a publicação de resultados contaram com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

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