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Plantas e projetos de edificações da UFV são recuperados no Arquivo Histórico

29/06/2021

O material agora está higienizado e organizado para consultas

A memória dos projetos de todas as edificações da UFV está, finalmente, bem conservada para o futuro. Durante a pandemia, a Diretoria de Projetos e Obras (DPO) e o Arquivo Central e Histórico da UFV (ACH) resgataram, organizaram e documentaram um acervo composto por mais de oito mil itens, entre eles projetos arquitetônicos das edificações, de infraestrutura, instalações e de equipamentos construídos na Universidade entre meados da década de 1950 e o início dos anos 2000. O trabalho irá facilitar muito o planejamento das obras de manutenção ou reforma dos prédios e ruas da Universidade.

A iniciativa surgiu da preocupação do arquiteto Matheus Freitas, da DPO, com a condição precária das plantas e projetos que estavam guardados em um galpão adaptado no terceiro pavimento daquela Diretoria. Então, em junho de 2019, a equipe da DPO convidou o arquivista Eduardo Luiz dos Santos, do ACH, para avaliar o que poderia ser feito para a preservação do material. O arquivista conta que as plantas e projetos estavam totalmente dispersos e com a conservação seriamente comprometida. Ele sugeriu que os documentos deveriam ser higienizados e identificados antes de qualquer outra ação, o que começou a ser desenvolvido em julho daquele ano. A tempestade que atingiu a UFV em outubro do mesmo ano acelerou o processo, uma vez que as plantas estavam em situação ainda mais vulnerável.

Em meados de 2020, já com a pandemia, Eduardo passou a contar com a ajuda de estagiários dos cursos de Engenharia Civil e História. Alguns prédios precisaram ser medidos novamente para confirmar informações. Enquanto eles trabalhavam nos documentos, a Pró-Reitoria de Administração, em contrapartida, promoveu obras de reforma e adaptações de áreas ociosas do Arquivo para abrigar o novo acervo.

Este mês, com a conclusão parcial das obras, cerca de 70% dos projetos e cópias já identificados, limpos e organizados foram devidamente guardados e arquivados. O próximo passo será iniciar a descrição definitiva dos projetos e inserção dos dados na plataforma de acesso e difusão de documentos permanentes da UFV, o que irá facilitar ainda mais os trabalhos internos e as pesquisas externas.

Segundo Eduardo, a iniciativa já está auxiliando as ações administrativas e operacionais. Alguns documentos já recuperados auxiliaram, por exemplo, no planejamento das obras do Hotel do CEE, do Alojamento Velho, da Casa Arthur Bernardes, arruamento da ladeira dos operários, das Três Bandeiras e Usina de Reciclagem, entre outras.

Além de promover a economia de espaço físico e proteção ao acervo de projetos da Universidade, a iniciativa revelou as dificuldades e o legado deixados por servidores aposentados, que tanto produziram ao longo de cinco décadas sem os aportes tecnológicos que surgiram nos últimos anos. Entre eles, os desenhistas e projetistas Rubens Eustáquio Silveira da Cunha, Celso Marinho, Márcio Ivan Pereira Dias, Mário Oliveira de Freitas, os arquitetos e urbanistas Acyr dos Santos Zama, Paulo Francisco de Oliveira, Fernando Teixeira de Almeida, Aguinaldo Pacheco e o técnico em agrimensura Ricardo Luiz Noce. Também foram encontrados, em meio aos arquivos, projetos do renomado arquiteto italiano Rafaello Berti.

Para o arquiteto Matheus, a conservação do acervo resgata a memória da Universidade e preserva informações importantes para futuras intervenções e edificações.

A conclusão desta etapa do trabalho coincide, este mês, com o aniversário de 36 anos do Arquivo Central e Histórico da UFV, trajetória que pode ser visitada no site arquivohistorico.ufv.br/apresentacao.

Divulgação Institucional

 

Antes da restauração, o acervo estava desorganizado e vulnerável