Campus Viçosa

ViJazz reúne comunidades acadêmica e viçosense na celebração dos 88 anos da UFV

02/09/2014

A sétima edição do ViJazz e Blues Festival encerrou a programação cultural de aniversário da UFV no último final de semana. Foram cerca de 12 horas de música em dois dias que, certamente, ficarão na lembrança de quem esteve no gramado das Quatro Pilastras. Para fazer as honras da casa, o Festival foi aberto, no sábado, pelo Coral da UFV, que cantou um repertório variado, do rock e pop à MPB. No domingo, foi a vez do contrabaixista viçosense Luciano Cruz (Cocó) que, juntamente com seus convidados, apresentou composições marcantes do jazz e da MPB. 

A primeira atração internacional do Festival foi o grupo World Percussion Ensemble (WPE), cujos integrantes representam quatro dos cinco continentes: a América, com o percussionista brasileiro Marco Lobo; a Europa, com os alemães Walter Lang (pianista) e Sven Faller (baixista); a África, com o percussionista camaronês Njamy Sitson, e a Ásia, com o japonês Takuya Taniguchi. O resultado desse encontro foi uma fusão de ritmos que misturou, por exemplo, a sonoridade da garrafa pet assoprada pelo baiano Marco Lobo com a suavidade da voz de Sitson e a potência dos tambores gigantes do japonês Taniguchi.

Após a apresentação do WPE, o palco foi ocupado pelo grupo The Teardrops, comandado pelo norte-americano Shawn Holt. Ele soltou de sua guitarra os acordes do mais puro blues, fazendo do gramado das Quatro Pilastras uma espécie de extensão da cidade de Nova Orleans.

No segundo dia do Festival, o guitarrista Armandinho apresentou ao seu já conhecido público de Viçosa um pouco da Guitarra Baiana, título do seu último CD. Ele fez a plateia vibrar e dançar ao som de músicas como Brasileirinho e Bolero de Ravel. Em seguida, o guitarrista Nuno Mindelis trouxe o blues de volta aos palcos, lembrando compositores como B.B. King e apresentando algumas músicas de sua autoria, inclusive de seu mais recente CD, Angels & Clowns. No final da apresentação, Mindelis convidou Armandinho para voltar ao palco e juntos fecharem a noite.

A reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares, que esteve nos dois dias de apresentação do Vijazz, destacou a qualidade do evento e se disse feliz de a UFV oferecer à cidade e à região um espetáculo grandioso que, além de belos shows, permitiu o congraçamento nas Quatro Pilastras. Ela reconhece a importância de a Universidade ter em sua estrutura e no seu conjunto de ações atividades culturais, que também fazem parte da formação do aluno.

Circuito
O evento do final de semana foi a terceira apresentação do circuito Vijazz, que começou no dia 5 de agosto, em Belo Horizonte, e se encerrará no dia 6 de setembro, em Ubá. Segundo Sérgio Lopes, um de seus organizadores, o circuito bateu recorde de público em todos os locais por onde passou. E isso, para ele, “é muito gratificante”, pois sinaliza que o festival está no caminho certo e que tem que seguir em frente.

Sérgio destacou o apoio da UFV que “abraçou o evento em Viçosa e entendeu a importância dele para a cultura da cidade e também para o público estudantil”. A expectativa de Sérgio é de que essa parceria seja crescente, para que se possa “fazer um festival cada vez melhor, mais bonito, com mais shows e oferecendo o melhor da música pra todo mundo”. 

O professor Paulo Stringheta, do Departamento de Tecnologia de Alimentos, que estava na plateia, ressaltou a “grandiosidade do espetáculo”. Ao lembrar que o Vijazz é um dos grandes festivais do Brasil e que acontece dentro do campus da UFV, ele chamou a atenção para a necessidade de o público prestigiar ainda mais a iniciativa. 

Vale lembrar que a programação de aniversário da Universidade foi organizada pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura.

(Adriana Passos – Fotos: Daniel Sotto-Maior)