Campus Viçosa

Imagens termográficas dependem de resolução da câmera, aponta estudo da UFV

16/06/2014

O professor João Carlos e os estudantes Alisson e Samuel integram a equipe do estudo

Uma pesquisa realizada pelo Laboratório de Performance Humana (Lapeh), do Departamento de Educação Física, foi premiada no 3º Congresso Brasileiro de Eletromiografia e Cinesiologia, realizado, em maio, em João Pessoa (PB). Por meio de imagens termográficas, o estudo mostrou que câmeras de maior resolução são mais adequadas para a medição da temperatura da superfície da pele do indivíduo. Com isso, a partir de agora, é possível saber com mais precisão a temperatura da superfície corporal e, assim, conferir se há ou não assimetria térmica entre as partes do corpo.

A equipe que integrou a descoberta é composta pelos professores João Carlos Bouzas Marins e Maicon Albuquerque e dos estudantes Samuel Oliveira, Guilherme Stropp e Alisson Silva. Estudante de mestrado na UFV, Alisson foi o principal autor do estudo, e avaliou a importância da pesquisa para praticantes de atividades físicas de alto rendimento que, segundo ele, terão mais suporte para o monitoramento da sua carga de exercícios e a prevenção de lesões.

Agora monitoramos a similaridade térmica do atleta de modo que, se a assimetria for muito grande, ou com alto índice de temperatura, provavelmente está sobrecarregado ou apresenta um processo inflamatório que não se recuperou 100%. Nossa pesquisa também trabalha a perspectiva de prevenção de lesão”, destacou Alisson.

A imagem termográfica, ou termograma, é uma técnica de medição de temperatura baseada na radiação infravermelha de objetivos. Ela oferece um mapa instantâneo da temperatura de várias regiões do corpo, com vantagem de ser não invasiva, livre de contato físico e sem qualquer efeito nocivo ao avaliado.

Outro integrante, Samuel Oliveira, explica que diversos estudos na área da termografia estão em desenvolvimento a fim de verificar o comportamento da temperatura da pele no remo e no ergômetro de braços, atividades físicas pouco praticadas no Brasil, o que revela o interesse dos pesquisadores em produzir novos conhecimentos na área.

O artigo escrito por um dos integrantes do grupo recebeu menção honrosa durante o congresso. Trata-se do estudo Resposta regional da temperatura da pele ao exercício aeróbico de intensidade moderada mensurado através da termografia infravermelha, resultante da dissertação de mestrado de Alex Andrade Fernandes.

O professor do Departamento de Educação Física da UFV, João Carlos Bouzas Marins considera o prêmio como um reconhecimento “do trabalho duro enfrentado durante os últimos anos”. E afirma: “ele é importante porque ratifica uma linha de pesquisa que começamos a implementar em 2008. Isso demonstra seriedade, ainda mais se tratando de um congresso nacional, que tem uma grande respeitabilidade profissional”. 

 

 (Iago Miranda, bolsista)