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Campus Viçosa

Em reunião com gestores das Ifes, governo federal anuncia medidas para minimizar crise orçamentária

28/05/2025

O reitor Demetrius David da Silva foi um dos gestores que, nessa terça-feira (27), participaram de uma reunião com representantes do governo federal para discutir a crise orçamentária das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes). O encontro, que aconteceu no Palácio do Planalto, em Brasília (DF), foi coordenado pelo ministro da Educação, Camilo Santana, e contou com as presenças dos ministros da Fazenda, Fernando Haddad; da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos; e da Secretaria-geral da Presidência da República, Márcio Costa Macedo.

Durante a reunião, foi anunciada pelo governo a liberação, ainda nesta semana, do valor retido pelo contingenciamento determinado pelo Decreto n.º 12.448, de 30 de abril de 2025, referente ao período de janeiro a maio. O ministro da Educação também comunicou que o limite anual de orçamento dos institutos e universidades federais voltará a ser de um doze avos (1/12) e não mais de 1/18, conforme medida adotada em março. Em sua apresentação, Camilo Santana indicou, ainda, as ações já realizadas pelo governo federal para o fortalecimento das instituições, como o reajuste no valor das bolsas de estudos e a inclusão da educação no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).

O encontro, que também teve a participação da presidente do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, Ana Paula Giraux, e do presidente da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), José Daniel Diniz Melo, foi um importante momento de interlocução entre o governo federal e as Ifes.

O reitor Demetrius, também presidente da Comissão de Financiamento das Universidades Federais, reconhece o esforço do governo para manter o diálogo com os gestores das Ifes e buscar formas de contornar a situação orçamentária, como a recomposição anunciada. No entanto, segundo ele, o valor ainda é insuficiente para cobrir o déficit acumulado nos últimos 10 anos, tendo em vista o aumento das despesas de custeio e investimento muito acima da inflação, além dos cortes sucessivos no orçamento global anual. “O anúncio do governo recompõe a perda inflacionária em relação a 2024, mas o contexto permanece crítico em função das perdas que as Ifes tiveram nos últimos anos”, avalia.