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Pós-graduação em Bioquímica Aplicada tem alteração aprovada na Capes e é o primeiro programa da UFV na área de Biotecnologia

02/09/2024

O Programa de Pós-graduação em Bioquímica Aplicada da UFV (PPG/BQA) deixou de pertencer à área de Ciências Agrárias I da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e agora está ligado à Biotecnologia. Segundo a comissão coordenadora, composta pelos professores Tiago Mendes (coordenador), Maria Goreti de Almeida Oliveira, Pedro Reis e Humberto Ramos, a mudança cria uma nova identidade e abre novas perspectivas de trabalho e atuação para os profissionais em formação. Com isso, o Programa, responsável por 47 depósitos de patentes que levam o nome da Universidade, passa a ser o primeiro com conceito de excelência entre os cinco da área de Biotecnologia existentes em Minas Gerais.

Ligado ao Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, o Programa foi criado, em 1999, como Pós-Graduação em Bioquímica Agrícola. Em 2015, já se adaptando às diferentes linhas de pesquisas de seus orientadores, passou a ser denominado Bioquímica Aplicada, mas ainda vinculado à área de Ciências Agrárias da Capes. “Esta vinculação era um limitante para nossos estudantes e também para a extensão dos projetos de pesquisa de nossos orientadores. Já há algum tempo não trabalhávamos apenas com o setor agrícola, mas também com pesquisas para saúde animal e humana que resultaram em novas tecnologias e inovação, incluindo muitos projetos que ajudaram no combate à pandemia de covid-19. Isso ampliava a nossa área de atuação e era constantemente discutido por coordenações anteriores do Programa”, explica Tiago Mendes.

De acordo com a comissão coordenadora, embora professores do PPG/BQA estivessem cada vez mais ligados à Biotecnologia, os alunos nem sempre conseguiam se adaptar a editais de concursos, por terem a formação associada a um programa vinculado à área de Ciências Agrárias. “O processo de alteração envolveu discussões e articulações da comissão coordenadora do Programa, professores orientadores e discentes, inclusive em mudança nos programas analíticos das disciplinas existentes e criação de novas disciplinas para atender às demandas da área de Biotecnologia”, diz o coordenador. Ainda segundo ele, a mudança de área já provocou uma procura maior por alunos de todo o Brasil e de outros países, o que amplia a relevância do Programa no cenário nacional e internacional na área de Biotecnologia.

Tiago Mendes ressalta também que o PPG/BQA tem tradição e expertise para abarcar projetos e convênios com empresas e institutos do setor de Biotecnologia. Um exemplo é o desenvolvimento de testes para doenças infecciosas e de vacinas criadas por meio de pesquisas em interação com empresas da área de biotecnologia, que já renderam patentes nacionais e internacionais à Universidade. Outro exemplo citado por ele é a parceria recente com a empresa Prati-Donaduzzi – Industria Farmacêutica, uma das maiores produtoras de medicamentos genéricos do país, e com o BioPark Educação do Paraná. Além de pesquisas, os orientadores do PPG ofereceram, nos últimos quatro anos, mais de 15 vagas para pesquisadores de diferentes empresas parceiras que se interessam em cursar pós-graduação pelo Programa Mestrado e Doutorado Acadêmico para Inovação MAI/DAI do CNPq.

Atualmente, o PPG/BQA conta com 22 professores orientadores e com três linhas de pesquisa já adaptadas à nova área da Capes: Bioquímica e Biotecnologia Aplicada à Agropecuária; Bioquímica e Biotecnologia Industrial; Bioquímica e Biotecnologia Aplicada à Saúde. “Com a adequação à nossa capacidade de pesquisa, temos mais chances de elevar a nossa pontuação na avaliação quadrienal da Capes", afirma o professor.