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Universidade avança em muitas áreas desde última avaliação de recredenciamento

18/10/2023

Conforme já divulgado, uma equipe designada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) fará, de 25 a 27 de outubro, uma avaliação de recredenciamento da UFV, para que ela possa continuar oferecendo cursos presenciais de graduação e pós-graduação. Essa avaliação, obrigatória para todas as instituições de ensino superior, é realizada periodicamente pelo Ministério da Educação (MEC). A última da UFV aconteceu, presencialmente, em 2009, quando a instituição obteve o conceito 4, em uma escala que vai de 1 a 5. Desde então, a Universidade vem sendo avaliada por outros instrumentos utilizados pelo Inep, como o Índice Geral de Cursos (IGC), no qual a instituição obteve, nos últimos anos, repetidamente, o conceito máximo 5.

Desta vez, o processo será virtual, tendo como base os padrões de qualidade para a educação superior expressos nos instrumentos de avaliação do Inep e nos relatórios internos elaborados pela Comissão Própria de Avaliação (CPA). Será feita uma análise detalhada em torno de cinco eixos: planejamento e avaliação institucional; desenvolvimento institucional; políticas acadêmicas; políticas de gestão e infraestrutura. Em muitos deles, a Universidade registrou avanços significativos em relação a 2009, a começar pelo planejamento e avaliação institucional. Além de maior interação da CPA e de suas subcomissões com a comunidade universitária e da transparência na divulgação de seus relatórios, se comparada à avaliação de 14 anos atrás, a Comissão vem coordenando ciclos de autoavaliação que auxiliam as gestões da Universidade no planejamento de ações.

Mobilidade e acessibilidade
Interior de um quarto de alojamento, com piso de madeira, 3 camas box e um armário branco com portas e gavetas. Moradias estudantis receberam adaptações para melhor mobilidade e acessibilidade

Nos três campi da UFV houve grandes avanços, por exemplo, na infraestrutura física, para atender à ampliação de cursos e atividades, e também no que diz respeito à acessibilidade, aspectos que nem sempre foram avaliados positivamente pela comunidade no passado. Obviamente, que ainda há fragilidades e necessidades a serem atendidas, que dependem também de fatores externos, mas a promoção crescente da mobilidade e acessibilidade na Universidade é um fato. Ela se revela, por exemplo, na criação da Unidade Interdisciplinar de Políticas Inclusivas, que oferece apoio técnico e educacional a alunos com deficiência; na adaptação de edificações e de espaços, inclusive nas moradias estudantis; na instalação de elevadores e de faixas elevadas para pedestres e rampas de acesso.

A construção da ciclofaixa do campus Viçosa também era uma reivindicação antiga da comunidade universitária, revelada na autoavaliação institucional, que foi atendida, assim como a disponibilização de um ônibus, o “capivarão”, para realizar o deslocamento de estudantes e servidores até as proximidades dos restaurantes universitários no horário do almoço. Em 14 anos, desde a última avaliação externa de recredenciamento, os campi receberam novas edificações e passaram por reformas para atender às suas atividades de ensino, pesquisa, extensão e inovação.

Mulher jovem, branca e loira passeia de bicicleta por uma ciclovia pintada de vermelho na pista, numa grande avenida reta. A ciclofaixa era uma reivindicação antiga da comunidade universitária

As obras incluíram ainda os restaurantes universitários. Os três campi receberam novos restaurantes, o que ajudou a diminuir filas e oferecer mais conforto aos usuários. Eles passaram a oferecer, inclusive, alimentação vegetariana. Houve também reformas expressivas das moradias estudantis de Florestal e Viçosa; em Rio Paranaíba os estudantes recebem auxílio-moradia. Todas as melhorias aconteceram visando ao fortalecimento da política de assistência estudantil que, tradicionalmente, sempre diferenciou a UFV.

De 2009 para cá, em parceria com diferentes órgãos internos e externos dos campi, foram criados novos programas e projetos destinados à assistência, saúde e qualidade de vida da comunidade universitária, que abriram mais possibilidades de oferecimento de bolsas e auxílios financeiros. Esses benefícios foram expandidos por meio de projetos de ensino, pesquisa e extensão, que se mantiveram mesmo com os cortes orçamentários dos últimos anos.

Refeitório com grande movimento de jovens. Uma mulher de jaleco e touca brancos serve um prato a uma pessoa. As melhorias incluíram também os restaurantes universitários

Ensino, pesquisa e extensão
Todas as ações implementadas integraram - e ainda integram para aprimoramento – as metas e os objetivos do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), em torno do qual representantes dos diversos setores e órgãos se reúnem periodicamente. O PDI é um instrumento de planejamento e gestão, norteador das decisões e ações institucionais, que também faz parte do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior. A comissão do MEC fará a avaliação externa no momento em que a UFV está em processo de elaboração do PDI relacionado ao período de 2024 a 2029.

Contudo, ao acessar o documento referente a 2018-2023, os avaliadores poderão conferir, por exemplo, que o modelo de gestão administrativa multicampi foi estabelecido e que 80% do Projeto Pedagógico Institucional já foi elaborado, assim como a atualização dos projetos pedagógicos dos cursos. Houve também uma reformulação e aperfeiçoamento do Programa de Tutoria em disciplinas das Ciências Básicas e do modelo de avaliação do desempenho docente.

No que diz respeito à pesquisa, foi registrado um aumento no número de programas com conceitos 6 e 7 e no oferecimento de programas de pós-graduação stricto sensu, bem como de mestrado profissional. Quanto à extensão, foram implementadas ações para facilitar e impulsionar o envolvimento da comunidade acadêmica nessas atividades. Dentre elas, destacam-se a criação do Núcleo de Apoio a Programas e Projetos de Extensão e o desenvolvimento de mecanismos para o aumento quantitativo e qualitativo dos programas de extensão.

Aula em laboratório com longas bancadas de pedra. Vários jovens de jaleco branco se distribuem ao longo delas. Os três campi ganharam novas instalações para atender à ampliação de cursos e atividades

Os avanços são muitos envolvendo os cinco eixos avaliados pela comissão. No que diz respeito ao desenvolvimento institucional, é importante lembrar os investimentos em sustentabilidade, que fizeram a UFV, em 2020, ser considerada a sétima instituição de ensino superior mais sustentável do Brasil. Nesta área, especificamente, destaca-se a criação do Programa de Eficiência Energética da Universidade, que, dentre outras ações, tem envolvido a construção de usinas fotovoltaicas nos três campi, e também a coleta seletiva de resíduos, com o encaminhamento deles para reciclagem e compostagem.

Com relação à política de gestão, os avanços se revelam, por exemplo, no fato de a Universidade ter saltado da 283ª posição para a 8ª no Índice Integrado de Governança e Gestão Públicas (iGG), entre 2018 a 2021, segundo o Tribunal de Contas da União (TCU). Entre as Instituições Federais de Ensino Superior do país, em três anos, ela saiu da 27ª posição e foi para a quinta.

A Universidade fortaleceu a inovação, especialmente por meio de ações do Parque Tecnológico de Viçosa (tecnoParq), investiu em um novo Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e adquiriu licenças do Google Workspace for Education Plus para que a comunidade acadêmica dos três campi tivesse acesso a diferentes recursos interativos e armazenamento seguro.

A avaliação externa para recredenciamento não é um instrumento para se avaliar a gestão administrativa da instituição, como lembra a pró-reitora de Ensino, Cristiane Baquim. “Não é uma foto do presente, mas um filme dos últimos anos, de como a Universidade se comportou em relação a ela mesma, desde a última avaliação”. Ela reconhece que ainda há desafios a serem vencidos, o que é natural e faz parte do processo de constante aprimoramento. “Pensar o passado e avaliar como o presente está sendo conduzido para garantir o futuro da instituição é o que deve ser considerado”.

O desejo da UFV nesta avaliação, conforme a pró-reitora, é superar o conceito 4 obtido em 2009 e repetir a nota máxima 5 que a instituição tem garantido no IGC. Ela lembra que o cinco "não é somente um indicador quantitativo; ele também sinaliza a qualidade da instituição em diversos aspectos. Este é um momento importante para toda a comunidade", avalia.

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