Institucional
Campus Viçosa
30/05/2023
O professor Pedro Romano, do Departamento de Biologia Animal, é um dos integrantes da equipe de pesquisadores envolvida na primeira repatriação para o Brasil de um fóssil de tartaruga. O trabalho foi documentado em artigo publicado na edição deste mês da Swiss Journal of Palaeontology.
A iniciativa de efetuar o repatriamento partiu dos pesquisadores europeus Torten Scheyer e Márton Rabi, que contactaram os pesquisadores brasileiros quando descobriram que alguns espécimes da coleção da Universidade de Zurique (Suíça) era de origem duvidosa. Como o foco do trabalho dos estrangeiros é a tartaruga marinha Santanachelys gaffneyi, eles solicitaram colaboração com o estudo anatômico dos outros fragmentos encontrados e no auxílio da repatriação.
O professor da UFV contribuiu com a identificação dos fragmentos dos fósseis e, mais significativamente, com a interpretação da morfologia e identificação taxonômica de outros exemplares associados ao espécime e que, na verdade, se tratavam de outro táxon: Araripemys, um gênero de uma família extinta de tartaruga que ocorre no Brasil, principalmente na Chapada do Araripe (Ceará e Pernambuco).
Os fósseis já estão, inclusive, depositados no acervo da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), instituição envolvida na pesquisa e mais próxima da localidade de onde foram coletados. De acordo com Pedro Romano, o fóssil descrito, catalogado com o número UFRPE 5061, é o segundo exemplar conhecido para a espécie Santanachelys gaffneyi. O outro exemplar conhecido corresponde ao holótipo (THUg1386), que é mantido na Teikyo Heisei University, Ichihara, Chiba, no Japão.
Para o pesquisador da UFV, além de apresentar toda a descrição dos fósseis e as implicações para o conhecimento sobre a evolução destes grupos de tartarugas de espécies de famílias extintas, o artigo publicado serve como um ato político para demonstrar à comunidade científica que é possível realizar o repatriamento. “Esperamos que esta contribuição seja reconhecida por nossos pares e que o esforço de devolução de espécimes se amplie. A questão é relevante porque impacta diretamente a produção científica do Brasil e a formação de pessoal de nível superior. É muito difícil para um pesquisador ou estudante conseguir fundos para visitar coleções estrangeiras e estudar fósseis brasileiros que são mantidos fora do país”, destaca.
Intitulado A forged ‘chimera’ including the second specimen of the protostegid sea turtle Santanachelys gaffneyi and shell parts of the pleurodire Araripemys from the Lower Cretaceous Santana Group of Brazil, o artigo, que contou ainda com a participação dos pesquisadores Gustavo Oliveira, Gabriel Ferreira, Dylan Bastiaans e Lisa Falco, pode ser conferido no site da Swiss Journal of Palaeontology.
A imagem ao lado apresenta a vista dorsal (esquerda) e ventral (direita) da concreção forjada (UFRPE 5061) contendo partes de novos espécimes da tartaruga marinha Santanachelys gaffneyi (família Protostegidae) e do cágado Araripemys barretoi (família Araripemydidae), antes da preparação e estudo completo dos exemplares por meio de tomografia computadorizada. Copyright: Swiss Journal of Palaeontology.
Divulgação Institucional
Institucional
Divulgadas candidaturas homologadas para escolha do diretor-geral do campus Florestal
16/04/2025
Extensão
Professor do CAF é autor de manual sobre Fossa Ecológica de Evapotranspiração
16/04/2025
Institucional
Pesquisa da UFV sobre formação de jogadores de futebol vira referência em plataforma da Fifa
16/04/2025
Institucional
Projetos de pesquisadores vinculados ao tecnoPARQ são aprovados no Catalisa ICT
15/04/2025
Divulgadas candidaturas homologadas para escolha do diretor-geral do campus Florestal
16/04/2025
Pesquisa da UFV sobre formação de jogadores de futebol vira referência em plataforma da Fifa
16/04/2025
Projetos de pesquisadores vinculados ao tecnoPARQ são aprovados no Catalisa ICT
15/04/2025
Universidade tem concursos abertos para professores
15/04/2025
UFV recepciona servidores recentemente empossados
15/04/2025