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Ex-alunos se encontram para celebrar os bons tempos de Universidade

12/12/2022

A sessão solene reuniu ex-alunos no Espaço Fernando Sabino

Uma cerimônia que é pura emoção de reencontros e que, muitas vezes, pode demorar décadas para acontecer. A reunião anual da Associação dos Ex-Alunos (AEA) da UFV é sempre uma oportunidade para relembrar histórias em comum, abraçar velhos amigos, atualizar notícias e, sobretudo, para louvar a experiência vivida na Universidade. Realizada na noite desse sábado (10), a Sessão Solene reuniu, no Espaço Acadêmico-Cultural Fernando Sabino, ex-alunos que comemoraram jubileus de diamante (60 anos), ametista (55 anos), ouro (50 anos) e prata (25 anos).

A solenidade foi presidida pelo reitor Demetrius David da Silva e contou com a presença da vice-reitora Rejane Nascentes. Em seu discurso, o reitor lembrou que cada turma viveu um período da história do país e da UFV: “este é um ano de recomeço e de renovação de esperanças, depois da pandemia e dos graves problemas de financiamento das universidades. Continuamos enfrentando os desafios do tempo presente e atualizando o lema da UFV de estudar, saber, agir e vencer”. Ele pediu que os ex-alunos ajudem a defender a universidade pública, gratuita e inclusiva.

Anualmente, um Conselho Permanente - formado por representantes da AEA, da Aspuv-Seção Sindical dos Docentes da UFV, do Conselho Universitário (Consu) e do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) - define o ganhador da Medalha Permanente da Ordem do Mérito do Ex-aluno. Este ano, o escolhido foi José Carmine Dianese. Formado em 1962, quando a UFV ainda era a Universidade Rural de Minas Gerais (Uremg), o engenheiro agrônomo foi um dos primeiros alunos a cursar mestrado na instituição e no Brasil.  Depois de realizar o doutorado nos Estados Unidos, tornou-se professor na Universidade de Brasília, onde fundou os departamentos de Ecologia e Fitopatologia. Autor de artigos que descreveram mais de 120 espécies de fungos do Cerrado brasileiro, Dianese ainda é o único brasileiro a fazer parte da Sociedade Americana de Micologia. Muito emocionado, José Carmine Dianese reverenciou o espírito esaviano de apreço aos valores do conhecimento, da ética e da solidariedade. Ele relembrou os velhos amigos, professores e servidores que deixaram marcas na história de sua turma e ressaltou que sua trajetória profissional só foi possível porque pôde usufruir de moradia e alimentação gratuitas enquanto estudou na Uremg.

O professor aposentado e ex-prefeito de Viçosa, José Américo Garcia, representou a turma conhecida como Alvorada, que celebrou os 60 anos de formada. Ele lamentou que, dos 61 formandos de 1962, apenas 37 ainda estão vivos e contou histórias da antiga Uremg, composta, na época, por pouco mais de 300 estudantes. Já Antônio Carlos Nogueira representou os Trabucanos, a turma que celebrou 50 anos de formatura. Ele comentou o descaso do atual governo com a ciência e a universidade pública, ao lembrar os anos de amizade e companheirismo dos colegas que estudaram entre 1969 e 1972 e vivenciaram o período da Ditadura Militar.

A turma Colando no grau, que celebrou o jubileu de prata, estudou na UFV entre 1992 e 1997. Segundo o seu representante, o engenheiro de alimentos Robson Correa da Silva, este foi o período marcado pela chegada das tecnologias de informação na formação acadêmica e dos grandes shows com músicos famosos em Viçosa. “A UFV marcou profundamente a vida de todos nós”, disse Robson.

Entre os mais de 250 ex-alunos que receberam o diploma comemorativo dos jubileus, estava dona Cely Figueiredo Alvim. Ex-funcionária da Universidade, ela concluiu o curso de Economia Doméstica aos 50 anos de idade. Na solenidade, Dona Cely comemorou 50 anos de formada aos 100 anos de idade.

Para o presidente da AEA, Tetuo Hara, 2022 também marcou a alegria de voltar a realizar presencialmente os encontros de ex-alunos, uma tradição e um diferencial para quem estudou na UFV.
Algumas imagens da 87^a reunião da AEA podem ser conferidas no álbum de fotos.

Fotos: Daniel Sotto Maior

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