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UFV na Mídia: pesquisadores estudam dieta de morcegos-vampiros

20/04/2022

Um trabalho publicado  por pesquisadores alemães e brasileiros na revista Science, entre eles a professora Mariella de Freitas e outros colegas do Departamento de Biologia Animal da UFV, rendeu uma longa reportagem sobre morcegos publicada no portal G1, da região de Campinas (SP). Há 25 anos, a pesquisadora estuda o comportamento das raras espécies de morcegos-vampiros, aqueles que se alimentam exclusivamente de sangue, uma característica muito rara no mundo animal.

Segundo a reportagem, essa alimentação, conhecida como hematófaga, é exclusiva de apenas três espécies de mamíferos em todo o mundo. Entre as mais de 1400 espécies de morcegos conhecidas pela ciência, o trio dos únicos morcegos-vampiro ocorre no Brasil: morcego-vampiro-comum (Desmodus rotundus), morcego-vampiro-de-asas-brancas (Diaemus youngi) e morcego-vampiro-de-pernas-peludas (Diphylla ecaudata).

O trabalho publicado focou principalmente no morcego-vampiro-comum. “Explorar o sangue como recurso para a alimentação é uma dieta muito diferente e bastante problemática, porque no sangue há muita proteína, muito ferro e baixo teor de carboidrato. Nós quisemos estudar esses animais para entender o que esses morcegos têm no metabolismo que permite explorar essa dieta diferente e por que eles evoluíram para chegar nesse padrão. Qual o benefício de explorar sangue enquanto dieta?”, indagou a pesquisadora ao explicar que a falta de carboidrato na dieta dificulta o acúmulo de energia para voar e não traz estímulo para a formação de células que secretam insulina.

Os pesquisadores compararam o genoma dos morcegos-vampiros com outros 25 morcegos parecidos (neotropicais, da mesma família) e chegaram à conclusão de que 10 genes foram perdidos no processo evolutivo, possibilitando a exploração da sanguivoria, explicou Mariella.

A matéria está no portal G1.

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