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Estudo de professora da UFV sobre métodos de banho no leito em pacientes em estado grave ganha Prêmio Capes de Tese

15/09/2021

Professora Luana Toledo, vencedora do prêmio CAPES de Tese

Tomar banho é algo tão comum na rotina da maioria das pessoas que nem sempre passa por reflexões mais profundas. Mas a história é diferente quando se fala em pacientes totalmente dependentes de cuidados no leito. Nesses casos, as diversas possibilidades de higienização, além de promoverem limpeza e conforto, podem impactar no estado de saúde. Alterações nos indicadores vitais de quem está acamado, ainda que pequenas, podem fazer a diferença na sua recuperação.

Essas são algumas das questões abordadas na tese Efeitos do banho no leito a seco e tradicional sobre as alterações oxi-hemodinâmicas: ensaio clínico randomizado cruzado, vencedora do Prêmio Capes de Tese 2021 da área de Enfermagem, de autoria da professora do Departamento de Medicina e Enfermagem (DEM) da UFV Luana Vieira Toledo. O trabalho foi defendido no Programa de Pós-graduação em Enfermagem da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), sob orientação  da professora Flávia Falci Ercole e coorientação da professora Patrícia de Oliveira Salgado.

Em seu estudo, a pesquisadora comparou duas modalidades de banho no leito – tradicional e a seco – realizados nos pacientes em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). O primeiro grupo inclui a higienização convencional, que utiliza água e sabão para promover a limpeza da pele e, posteriormente, o uso de toalhas para secar os pacientes. Já o segundo, compreende o banho a seco, sem o uso de água e sabão. “No banho a seco, são aplicados sobre a pele lenços umedecidos com solução específica para limpeza, que evaporam naturalmente, o que faz com que o procedimento  seja mais rápido e os pacientes fiquem menos tempo expostos ao ambiente”, explica a professora.

Ao avaliar o efeito dos dois métodos de banho no leito sobre as variáveis clínicas como temperatura corporal, frequências cardíaca e respiratória, pressão arterial e saturação de oxigênio, a pesquisadora identificou vantagens do banho a seco em relação ao tradicional. “A maior agilidade na sua execução e a menor oscilação das variáveis avaliadas ao longo do tempo, fizeram com que o banho a seco fosse superior”.

A pesquisadora ainda acrescenta a sua satisfação e gratidão com a premiação: “Ter o reconhecimento por um trabalho que representa a essência da Enfermagem, em um momento de intensa luta pela valorização da categoria, nos faz refletir sobre o importante papel desempenhado pelos profissionais que assumem o cuidado daqueles que necessitam. Essa conquista não é só minha, foi um verdadeiro trabalho em equipe, que contou com a participação de estudantes da UFV, os quais vivenciaram a rotina de uma UTI e as etapas operacionais de uma pesquisa clínica. Enquanto professora do Departamento de Medicina e Enfermagem, espero que essa premiação possa servir como estímulo para o desenvolvimento de novas evidências que possam contribuir para a melhoria assistencial. Além de possibilitar maior visibilidade do curso de Enfermagem da UFV, que vem se dedicando a formar profissionais qualificados”.

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