Campus Viçosa

Pesquisador da UFV estuda répteis em museus estadunidenses

31/05/2019

Henrique Caldeira Costa durante seus estudos

O pesquisador Henrique Caldeira Costa, atualmente pós-doutorando (PNPD-Capes) pelo Programa de Biologia Animal da UFV, tem realizado pesquisas, desde seu doutorado, com um grupo específico de répteis denominado anfisbênias, conhecidas popularmente como cobras-de-duas-cabeças. cerca de 200 espécies desse animais catalogadas, habitando a África, a América tropical, a Anatólia, o Caribe, a península Ibérica e o Oriente Médio, sendo o Brasil o país com a maior diversidade de anfisbênias do mundo, contando com 75 espécies. Esses répteis são semelhantes a serpentes, mas descendem de um grupo de lagartos e são totalmente adaptados à vida no subsolo.

Em seu projeto de pesquisa Biogeografia e Taxonomia de anfisbênias (Squamata: Amphisbaenia): preenchendo lacunas dos déficits Lineano e Wallaceano, Henrique procura ampliar o conhecimento sobre o número de espécies de anfisbênias e seu padrão de distribuição geográfica. Uma das etapas da pesquisa compreende a análise de exemplares depositados em coleções zoológicas, sendo que algumas instituições do exterior abrigam material de espécies raras de diferentes partes do mundo, incluindo do Brasil. É o caso do American Museum of Natural History, em Nova Iorque, e do Field Museum, Chicago, ambos nos Estados Unidos. Este último, há poucos anos incorporou uma coleção particular com cerca de 2 mil exemplares, que pertenceu a Carl Gans (1923-2009), o maior especialista em anfisbênias do mundo.

Ao longo de pouco mais de um mês analisando espécimes nos museus American Museum e no Field Museum, Henrique está tendo a oportunidade de estudar espécies de anfisbênias de todas as regiões onde o grupo ocorre, da Argentina ao Irã, e acessar exemplares únicos como holótipos, que são aqueles utilizados na descrição formal de uma espécie. Em alguns casos, existem espécies conhecidas apenas pelo holótipo ou alguns poucos indivíduos. A sua viagem até as instituições foi possibilitada a partir de dois financiamentos que seu projeto de pesquisa recebeu dos museus para que ele estude as coleções zoológicas dos acervos.

Fonte: Henrique Caldeira Costa
Divulgação Institucional

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