Campus Viçosa

Laboratório para dispositivos móveis coloca UFV em consonância com demandas do mercado

08/01/2018

As pesquisas resultam em aplicativos para smartphones e tablets

O Departamento de Informática da UFV celebrou, no final de 2017, a inauguração de um espaço que, há cerca de dois anos, vinha funcionando informalmente, e que representa, para os alunos do bacharelado em Ciência da Computação, a possibilidade de ampliar suas experiências com novas tecnologias. “O Laboratório de Desenvolvimento para Dispositivos Móveis (LABD2M) foi criado para ser um ambiente de pesquisa e materializar os resultados em forma de aplicativos (apps) para smartphones e tablets, nos sistemas operacionais Android e iOS”, conforme explica um de seus coordenadores, o professor Lucas Francisco da Matta Vegi. O LABD2M, que funciona na sala 324B do Centro de Ciências Exatas e Tecnológicas, é equipado com 11 estações de trabalho modernas e cinco dispositivos móveis utilizados para testes.

Ali estão sendo desenvolvidos apps para resolver problemas identificados tanto na Universidade, quanto na sociedade em geral. Contudo, o professor Lucas ressalta: “os trabalhos não se caracterizam apenas como desenvolvimento, mas sim como a materialização de pesquisas em tecnologias". Um exemplo disso é o aplicativo UFV Mobile. Por meio de parcerias com a Coordenadoria de Educação Aberta e a Distância (Cead) e as diretorias de Tecnologia da Informação (DTI) e de Comunicação Institucional (DCI), ele foi pensado para facilitar o acesso de alunos e professores a informações da Universidade.

Atualmente, conta com versões móveis dos sistemas de Apoio ao Ensino (Sapiens), de Notícias da UFV, do Restaurante Universitário (saldo/extrato/cardápio), do acervo da Biblioteca Central e do webmail institucional. Mas, segundo Lucas Vegi, novas funcionalidades estão previstas para serem incluídas no aplicativo, que, por enquanto, está disponível somente para a plataforma Android, na Google Play. Em breve, será lançado para iOS.

Outro projeto que está em pleno funcionamento é o ColetAPP, voltado para a coleta de dados georreferenciados e a criação de bases de dados para pesquisa. Este app possibilita que se obtenha automaticamente a geolocalização do dispositivo móvel por meio de GPS, informa a precisão aproximada da posição obtida e permite ao usuário coletar esse dado de forma prática. Atualmente, está sendo utilizado na UFV para catalogar as árvores plantadas pelos formandos no campus Viçosa, um sonho antigo da instituição.

Trabalho
O professor Lucas explica que os alunos atuantes no LABD2M participam diretamente no desenvolvimento dos aplicativos criados em parceria com os diferentes órgãos da UFV. Isso significa que eles atuam tanto na programação do código-fonte quanto nas tomadas de decisão ocorridas em reuniões na Cead e na DTI, essa última responsável pelo produto final. Segundo o professor, são esses órgãos que revisam todos os códigos trabalhados pelos alunos, podendo adaptá-los quando necessário. Até dezembro de 2017, 18 estudantes do bacharelado em Ciência da Computação e dois do mestrado em Ciência da Computação passaram pelo Laboratório com participação direta ou indireta nas parcerias.

Além de Lucas Vegi, o LABD2M é coordenado também pelos professores Mauro Nacif Rocha e Marcus Vinícius Alvim Andrade. Os três coordenam projetos que garantiram verba para a estruturação do laboratório. O Academia mobile - ferramentas de m-learning e sistemas de informação, aprovado em edital da Capes/UAB, foi proposto pelo atual Pró-Reitor de Ensino, Frederico José Viera Passos, e é coordenado pelos professores Lucas e Mauro. O projeto Alijo - Aprendendo Libras Jogando, aprovado em edital da Finep, tem a coordenação do professor Marcus Vinícius e o foco na inclusão social de pessoas com deficiência, idosas e com mobilidade reduzida.

Com o trabalho realizado no LABD2M, a expectativa de seus idealizadores é preparar melhor os alunos da UFV para que possam atender às demandas reais de um mercado que não para de crescer. Tanto é assim que, se as estimativas de uma pesquisa realizada, ano passado, pela Fundação Getúlio Vargas de São Paulo se concretizaram, o Brasil fechou 2017 com um smartphone em uso por habitante.

Adriana Passos
Divulgação Institucional

O LABD2M é coordenado pelos professores Mauro, Lucas e Marcus Vinícius