Campus Viçosa

Fitotecnia comemora 90 anos de sua criação e 40 da Pós-graduação em Genética e Melhoramento

26/08/2016

A história do Departamento de Fitotecnia (DFT) teve início com a criação da Escola Superior de Agricultura e Veterinária (Esav), atual UFV, em 1926, com o oferecimento de aulas de tração animal. Esse foi um dos tantos fatos recordados em cerimônia realizada na tarde desta quinta-feira (26), no auditório da Fitotecnia, para celebrar os 90 anos do Departamento e os 40 anos do Programa de Pós-Graduação em Genética e Melhoramento.

O chefe do DFT, Derly José Henriques da Silva, apresentou um breve relato sobre a evolução do Departamento. Nele, destacou a primeira tese defendida pioneiramente, no país, na pós-graduação stricto sensu, no curso de Hortaliças (Fitotecnia), em 1961. O trabalho na área de tomate, orientado pelo professor Flávio Augusto D’Araújo Couto, marcou o início do Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, hoje avaliado com o conceito 6 pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Mesma avaliação de excelência alcançada pelo Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento, criado em 1976. Outro momento destacado foi o recebimento do prêmio Mares Guia, concedido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), em 2015, devido às contribuições do DFT para o desenvolvimento de variedades de plantas usadas como biocombustíveis.

Para Derly, que se orgulha de ter sido ex-aluno do Departamento, nesses 90 anos o DFT precisou se “reinventar continuamente”. Se em 1926 se falava em como amansar animais, hoje são discutidas estratégias para alcançar maior produtividade com menos impacto na agricultura, por exemplo. Ele também afirmou que “o DFT avançou muito e continuará avançando mais daqui a 90 e até 900 anos” e, mesmo não sendo possível saber quais as discussões marcarão as próximas décadas, tem a certeza de que serão propostas soluções no Departamento, sem se esquecer do comprometimento de “formar pessoas conscientes da realidade brasileira”.

A reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares ressaltou que é preciso “reverenciar o DFT porque a UFV deu seus primeiros passos a partir dele” e que a Universidade só conseguiu completar seus 90 anos “porque começou com uma base sólida”. Ela lembrou que o Departamento é o responsável pelo curso de Agronomia, “considerado o melhor do país por rankings importantes”, e que “a UFV tem o grande orgulho de estar entre as 100 melhores do mundo na área de Ciências Agrárias, qualidade que serve como referência para todos os outros Centros de Ciências da Universidade”. Nilda Soares também parabenizou todos os professores, técnicos administrativos e estudantes que “fizeram a história dos 90 anos da instituição” e desejou que os alunos do DFT e do Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento "aproveitem a sua formação multidisciplinar".

A celebração contou ainda com um seminário especial ministrado pelo professor aposentado da UFV Tuneo Sediyama. Ele, que lançou 48 variedades de soja em sua carreira e foi responsável por introduzir a soja no Cerrado brasileiro, apresentou o histórico, as perspectivas e as tecnologias desenvolvidas para o melhoramento dela.

Participaram também da mesa de cerimônia o diretor do Centro de Ciências Agrárias, Rubens Alves de Oliveira; a diretora do Centro de Ciências Biológicas, Maria Goreti de Almeida Oliveira; o representante da comissão coordenadora do Programa de Pós-graduação em Fitotecnia, Carlos Eduardo Magalhães dos Santos, e o coordenador da Pós-graduação em Genética e Melhoramento, Aluízio Borém.

O Departamento
O Departamento de Fitotecnia conta com 1.057 estudantes, 102 técnicos administrativos e 44 professores. Além da sua sede, situada no Edifício Professor Sylvio Starling Brandão, o DFT possui, no campus, 13 casas de vegetação e bancos de germoplasma de soja, hortaliças, feijão, plantas medicinais, trigo, sorgo, café e macaúba, dentre outros, e áreas experimentais nos municípios de Viçosa, Coimbra, Ponte Nova, Visconde do Rio Branco, Araponga e Capinópolis.

O DFT já é reconhecido mundialmente pelas pesquisas que desenvolve na áreas de macaúba, soja, cana-de-açúcar, tomate, dentre outras variedades como pode ser conferido neste link.

Pós-graduação em Genética e Melhoramento
Em seus 40 anos, já foram defendidas no Programa de Pós-graduação em Genética e Melhoramento 416 dissertações de mestrado e 336 teses de doutorado. As pesquisas estão relacionadas às linhas de Genética e Melhoramento Vegetal e Animal, Genética Molecular e de Micro-organismos e Genética Quantitativa.

O caráter interdepartamental é um dos pontos fortes do programa, que é administrado pelos departamentos de Biologia Geral, Fitotecnia e Zootecnia, e conta com a participação de professores orientadores pertencentes aos departamentos de Biologia Animal, Biologia Geral, Biologia Vegetal, Bioquímica e Biologia Molecular, Engenharia Florestal, Estatística, Fitopatologia, Fitotecnia, Microbiologia e Zootecnia.

Mais informações podem ser obtidas em http://www.posgeneticamelhoramento.ufv.br/

 

(Sabrina Areias – Fotos: Daniel Sotto Maior)

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