Campus Viçosa

Seminário da FAO propõe fortalecimento de núcleos de agroecologia

01/07/2015

O Seminário Regional sobre Agroecologia na América Latina e Caribe, promovido, em junho, pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), apontou os núcleos de agroecologia como uma das propostas de fortalecimento da prática agroecológica. Isso porque permitem que se pratique a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extensão. A UFV vai ao encontro dessa proposta com o Núcleo de Educação do Campo e Agroecologia (Ecoa), aprovado na última reunião do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe) e que estará na pauta do Conselho Universitário, nesta quinta-feira (2).

O Núcleo da UFV tem dentre seus objetivos integrar a universidade com diferentes entidades e organizações sociais do campo e vem se somar aos mais de 100 já existentes no país, distribuídos em Instituições Federais de Ensino Superior, na Embrapa e em empresas estaduais de pesquisa, com o apoio de ministérios, como o de Desenvolvimento Agrário, e do CNPq.

A professora Irene Maria Cardoso, do Departamento de Solos da UFV, participou do Seminário, que aconteceu em Brasília (DF) e, segundo ela, o objetivo foi aprofundar as discussões sobre agroecologia no âmbito dos processos de integração regional. De acordo com a FAO, o fortalecimento da agroecologia exige que se dê maior ênfase às melhores práticas adotadas nas regiões, o que inclui implementação de políticas, projetos e programas específicos. Um dos exemplos é a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica do Brasil, decretada em 2012.

Vale ressaltar que o Seminário foi o primeiro de três eventos previstos para debater o fortalecimento da agroecologia. Os próximos acontecerão na África e na Ásia. Segundo a professora Irene, esses seminários foram anunciados durante o Primeiro Simpósio Internacional de Agroecologia e Segurança Alimentar e Nutricional, realizado, no ano passado, em Roma (Itália), que constituiu um importante passo para a FAO colocar a agroecologia em sua agenda. “Isso se deu a partir do reconhecimento de que o atual modelo de produção de alimentos está em crise e que é preciso avançar na construção da agroecologia como alternativa”, comentou a professora, que também representou no evento a Associação Brasileira de Agroecologia, da qual é presidente.

 

(Coordenadoria de Comunicação Social)