Campus Viçosa

UFV discute sustentabilidade em seus três campi

12/06/2015

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Em 2014, a UFV criou uma comissão para discutir um assunto muito importante para os seus três campi: a sustentabilidade. Desde então, essa comissão tem trabalhado na elaboração do Plano de Gestão Logística Sustentável, cujo desenvolvimento inicial foi apresentado para a administração superior da instituição na tarde de sexta-feira (12), na reitoria.

A comissão é composta por representantes dos três campi, centros de ciências, Pró-reitoria de Planejamento e Orçamento, Diretoria de Tecnologia de Informação e Diretoria de Material da UFV. A presidência é do professor do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Cláudio Mafra, que explicou que a iniciativa é resultado de uma determinação de 2012 do governo federal, em que todas as instituições vinculadas à administração pública devem elaborar planos de logística para melhorar a utilização dos recursos que dispõem e reduzir os impactos negativos das ações que desempenham – como trocar o papel sulfite por um que não tenha passado pelo processo de branqueamento ou que seja reciclado.

Para realizar um Plano como esse, o professor Cláudio disse que, primeiro, é necessário conhecer o inventário de bens, materiais e custos da instituição – a quantidade de refeições servidas e seus custos e de energia elétrica consumida são exemplos desse tipo de informação. “Considerando a frota de veículos da UFV, em 2014, foram rodados 2,5 milhões de quilômetros, aproximadamente. Para se ter uma ideia, isso é uma volta à Terra a cada cinco dias. E como será que essas viagens estão acontecendo? Como podemos trabalhar melhor isso?”.

A comissão já está finalizando a etapa do inventário, assim como já realizou visitas aos campi Florestal e Rio Paranaíba, pensou temas de trabalho para o Plano e metas, ações e indicadores de acordo com o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade.

A UFV, de acordo com o presidente da comissão, já realiza ações de sustentabilidade há vários anos. A linha diária de transporte da Universidade entre Viçosa e Belo Horizonte (MG), segundo ele, foi criada quando um antigo reitor fez uma parada no meio do caminho e percebeu que vários outros veículos da instituição pararam no mesmo horário. “Foi criado um modo de sustentabilidade. Você reduz vários veículos com uma pessoa em uma van ou um ônibus”. Outro exemplo, mais atual, foi a iluminação da Avenida da Saúde do campus Viçosa, realizada por LEDs. Inclusive, uma das sugestões que estão sendo inseridas no Plano é que toda a iluminação do campus seja substituída por LEDs e, quando possível, utilizada energia solar.

Para o pró-reitor de Planejamento e Orçamento, Sebastião Tavares de Rezende, a determinação do governo federal é indispensável para a instituição e o “ponto alto da condução do Plano é que ele está vinculado ao planejamento institucional”. O pró-reitor lembrou a crise hídrica vivida por Viçosa nos últimos meses e afirmou: “precisamos estar preparados para o futuro”.

A reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares desejou que as atividades da Universidade se tornem mais sustentáveis e que sua comunidade utilize os recursos disponíveis de uma maneira mais eficaz. Como parte desse processo, ela citou ações como a micromedição da energia elétrica e da água utilizada nos edifícios da instituição, que ajudarão no conhecimento dos perfis de utilização dos recursos e nas avaliações das metas a serem alcançadas pela UFV. “A Universidade sempre foi muito zelosa... Mas temos muito que avançar ainda”.

Próximas etapas
A partir de agora, a comissão realizará reuniões com vários setores da Universidade para recolher mais informações e, no dia 11 de agosto, realizará um fórum. Nele, será apresentado o Plano de Gestão Logística Sustentável e todas as informações e números da instituição para funcionários e estudantes, para que todos pensem na UFV daqui a 25, 30 anos e contribuam com novas ideias. “É uma maneira democrática de colher sugestões. Toda a comunidade será envolvida”, destacou a reitora. A partir disso, acontecerão análises e compilações das sugestões, submissão do Plano ao Conselho Universitário e formação de uma equipe que acompanhará a execução da iniciativa.

 

(Izabel Morais)