Campus Viçosa
31/03/2014
A UFV promoveu, na sexta-feira (28), um Seminário para reunir pesquisadores que trabalham com nanotecnologia e para estreitar relações com o Instituto Ibero-Americano de Nanotecnologia (INL), sediado na cidade de Braga, em Portugal.
O evento foi aberto pela reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares que, no final de 2013, visitou uma série de instituições na Europa em busca de parcerias para a internacionalização da Universidade. Em Portugal, esteve no INL e convidou seus diretores para conhecerem a UFV e as equipes que trabalham com nanociência e nanotecnologia. O convite foi aceito e tornou-se uma oportunidade para reunir pessoas que trabalham com a mesma ferramenta, porém em aplicações muito diferentes. Para isso, as equipes de pesquisadores da UFV, da Universidade Federal de Lavras (UFLA) e da Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ) resumiram seus trabalhos em pôsteres expostos durante todo o evento.
O Instituto Ibero-Americano de Nanotecnologia foi apresentando ao público pelos seus diretores, Jose Rivas e Paulo Freitas. Trata-se de uma construção muito bem equipada e que reúne cientistas de várias áreas para pesquisas. O INL também tem como objetivo promover a integração internacional para pesquisas em nanotecnologia aplicada, principalmente nas áreas de medicina e saúde, alimentos, nanoeletrônica e nanomanipulação. Segundo a reitora da UFV, o seminário foi decisivo para que, conhecendo melhor a competência da Universidade nesta área, o INL abra as portas para parcerias com pesquisadores brasileiros.
Os mais de cem participantes do Seminário também assistiram à palestra do coordenador-geral de Micro e Nanotecnologia do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Flávio Plentz. Ele mostrou ao público que a aplicação da nanotecnologia estará intimamente ligada ao desenvolvimento econômico e social dos países nos próximos 20 anos. “O desenvolvimento da economia mundial sempre esteve ancorado na tecnologia e, agora, é a vez da biotecnologia e da nanotecnologia. Este conhecimento será fundamental para a competitividade das empresas no mundo todo e esta é uma grande oportunidade para o Brasil”, disse ele, lembrando ainda que a aplicação da nanotecnologia no mundo dos negócios depende muito do que vem sendo feito pela nanociência em universidades como a UFV. “O futuro está na convergência tecnológica da nanobiotecnologia com os sistemas de informação e as universidades precisam estar atentas a essas demandas para formação de pesquisadores nestas áreas.”
O coordenador do evento e professor do Departamento de Física da UFV, Sukarno Olavo Ferreira, também lembrou que a UFV já integra o SisNano, um grupo formado por 18 universidades ou institutos brasileiros que usam as ferramentas da nanociência. Como os equipamentos para este tipo de pesquisa são muito caros, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação criou o SisNano para promover integração entre os grupos de pesquisa e empresas interessadas em utilizá-los, garantindo estrutura e acesso para utilização multidisciplinar.
Nas fotos, alguns registros do evento. Para melhor visualização, clique no centro delas.
(Léa Medeiros - fotos: Daniel Sotto Maior)
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