Campus Viçosa

Fórum reforça discussão sobre ampliação da jornada escolar na perspectiva da educação integral

17/03/2014

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Professores de escolas da rede pública de ensino do norte da Zona da Mata de Minas Gerais se reuniram no campus Viçosa, no sábado (15), para o Fórum Escola em Tempo Integral. O evento marcou o quarto encontro presencial e o encerramento do curso Proposta Curricular e Metodologias na Educação em Tempo Integral, oferecido pela UFV como parte do Programa Mais Educação do Ministério da Educação (MEC).

Diversos profissionais contribuíram com as discussões sobre a ampliação da jornada escolar e a organização curricular na perspectiva da educação integral, que vem sendo promovida por meio do Mais Educação. De acordo com a coordenadora do Programa na UFV, a professora do Departamento de Educação Rita de Cassia de Souza, os participantes do curso também propuseram debates, como o gerenciamento dos recursos disponibilizados para as escolas que adotam a educação em tempo integral.

A pedagoga Gesuína Leclerc, que representou o MEC, expôs informações sobre a adesão dos municípios ao Mais Educação e sobre a expectativa do país de ter 50% das suas escolas da rede pública de ensino oferecendo pelo menos sete horas diárias de educação nos próximos 10 anos. Ela falou, ainda, sobre os desafios envolvidos na mudança: “uma criança de classe média, por exemplo, fica quatro horas na escola e, depois, vai para aulas de inglês, de natação. Crianças em condições de vulnerabilidade social não têm esse capital cultural e dependem mais da escola. O desafio é esse: quais são as experiências que podemos oferecer por meio da escola que vão ampliar o leque de oportunidade das crianças?”.

Gesuína destacou que o MEC ficou positivamente surpreso com o engajamento da UFV na organização do curso. “A Universidade tem um papel muito importante. Aqui é um espaço de crítica, de proposição e pode oferecer algo a mais para o projeto original”, ressaltou.

Segundo a reitora Nilda de Fátima Ferreira Soares, a resposta da instituição para a demanda do governo federal e da sociedade não poderia ser diferente. “A Universidade é responsável por discutir, por capacitar. Precisamos refletir, junto com os professores, a melhor maneira de atender às nossas crianças”. O progresso da rede pública, para ela, permitirá que o ensino superior receba jovens cada vez mais competentes, que conduzirão o desenvolvimento do país.

Os 200 participantes do curso semipresencial vieram de diversas cidades da região, como Ervália e Rio Casca, e de estados como Espírito Santo e Rio de Janeiro. De acordo com a professora Rita, foi uma experiência inovadora para a UFV e terá como resultado final a publicação de um livro. “Todas as avaliações do curso foram realizadas nas escolas onde os participantes atuam, por meio de atividades práticas. Algumas muito criativas, interessantes. Nós selecionamos as melhores para esse livro, que será distribuído gratuitamente para outras escolas que queiram repetir as atividades e se inspirar”, informou.

Também participaram do Fórum a professora Leci Soares de Moura e Dias, que representou a Pró-reitoria de Ensino; o administrador Demóstenes Fernandes, que representou a Pró-reitoria de Planejamento; o professor César Demari, que representou o Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes; o representante da Secretaria de Educação de Minas Gerais, Gustavo Nominato; a representante da Superintendência de Ponte Nova, Susana Lúcia do Nascimento; a representante da Secretaria de Educação de Viçosa, Cristina Sueli de Souza. Em parceria com o MEC, o Fórum foi realizado pela UFV e coordenado pela professora do Departamento de Economia Doméstica Amélia Carla Sobrinho.

 

(Izabel Morais)

 

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