Campus Viçosa

UFV na luta contra o Aedes aegypti

07/02/2016

Há cerca de três anos, a UFV, por meio da Pró-reitoria de Assuntos Comunitários (PCD) e Divisão de Saúde, vem mobilizando a comunidade do campus Viçosa para a adoção de ações de combate à dengue, com orientações sobre prevenção, sintomas e tratamento da doença. Em 2016, a Universidade fortalecerá essas ações se integrando ao Plano Nacional de Enfrentamento ao Aedes e à Microcefalia, idealizado pelo governo federal. Neste plano, diferentes ministérios e órgãos do governo estarão trabalhando conjuntamente, em parceria com estados e municípios, a ideia de que essa é uma luta que precisa do envolvimento de todos os setores da sociedade.

Dentre as ações planejadas pelo Ministério da Educação (MEC) está a promoção, nas escolas, de atividades de prevenção e eliminação do mosquito Aedes aegypti. O objetivo é envolver professores, alunos e seus familiares na eliminação do vetor da dengue, do zika vírus e da febre chikungunya. Para isso, as universidades terão um papel preponderante. Em reuniões realizadas em Brasília (DF), na última semana, com representantes de entidades ligadas à educação básica, tecnológica e superior, o ministro Aloizio Mercadante, conclamou as universidades para integrar à campanha Zika Zero. Participaram, em momentos distintos, o vice-reitor João Carlos Cardoso Galvão e o assessor especial da Pró-reitoria de Extensão e Cultura, Diogo Tourino de Sousa. Vale destacar que a primeira grande mobilização que envolverá as universidades está prevista para 19 de fevereiro

Capacitação
Concomitantemente à campanha do governo federal, a administração da UFV vem planejando um conjunto de ações. Nos dias 3 e 4 de fevereiro, por exemplo, aconteceu, no campus Viçosa, uma capacitação de funcionários da Pró-reitoria de Assuntos Comunitários, especialmente dos chefes de divisão, porteiros e zeladores, e da Pró-reitoria de Administração, sobretudo encarregados. O treinamento - resultado de uma parceria da UFV com a prefeitura de Viçosa - foi oferecido por integrantes da Secretaria de Saúde de Viçosa. A coordenadora de Vigilância Ambiental, Lilian Souza, o chefe da Vigilância de Saúde, Ronilson Vieira, e o agente de endemias, Luís Ricardo Siqueira, estiveram à frente do primeiro treinamento.

Dos assuntos abordados, eles explicaram as características físicas do mosquito e o tempo de desenvolvimento dele (apenas uma semana); mostraram locais onde as fêmeas costumam depositar os ovos e informaram sobre a forma de contaminação dos vírus que o Aedes transmite e os sintomas das doenças. Como essência das conversas ficou a lição de que o combate ao mosquito, que tem assustado o Brasil e o mundo com a transmissão do zika vírus, da dengue e da febre chikungunya, somente se dará com a mudança de hábito das pessoas. E isso acontece, conforme Lilian Souza, não apenas pela diminuição do acúmulo de lixo e a sua adequada manipulação, mas também pela consciência de que muitos dos problemas terão que ser resolvidos por cada um: “já passou o tempo em que víamos, por exemplo, uma lata acumulando água e ligávamos para alguém resolver.”

Durante os treinamentos, foram mostrados alguns dados levantados pela Secretaria de Saúde, como o número de notificações de dengue registradas em 2015 e 2016. Enquanto no ano passado, foram notificados 137 casos, até 3 de fevereiro eles já somavam 116.

Campanha

De acordo com a pró-reitora de Assuntos Comunitários, Viviani Silva Lírio, as ações internas de combate ao Aedes aegypti envolverão ainda a elaboração de campanhas de comunicação, a criação de um disque-denúncia e a nomeação de uma Comissão de Enfrentamento ao Mosquito.

A pró-reitora acredita que há muito a aprender com a troca de experiências e atividades conjuntas na parceria da UFV com a prefeitura. Ela explica que a ação integrará toda a Universidade. “A situação é muito grave e todos precisamos nos conscientizar dela. A ação é coletiva; não há como escapar disso”. 

(Adriana Passos)