Campus Viçosa
29/04/2015
Os idealizadores do programa: Murilo Naldi, Gilberto Viana, Jefferson Lopo e Flávio Fernandes
O software NDEcalc, desenvolvido por estudantes e professores do campus Rio Paranaíba (CRP), obteve registro do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI). O certificado é resultado de um trabalho que vem sendo realizado, desde 2012, pelos professores Murilo Naldi e Flávio Fernandes no desenvolvimento de uma ferramenta capaz de calcular o Nível de Dano Econômico (NDE) de pragas em culturas da região do Alto Paranaíba.
Projetada e desenvolvida durante os trabalhos de conclusão de curso dos ex-alunos de bacharelado em Sistemas de Informação Gilberto Viana e Jefferson Lopo, a ferramenta permite avaliar com precisão a quantidade de controle químico necessária para uma cultura. Isso significa redução do uso de agentes químicos e, consequentemente, menos desperdício e impacto ambiental.
O professor Murilo conta que, por enquanto, a ferramenta está sendo testada em culturas de batata, onde o uso de inseticidas é estabelecido com base em calendários, ou seja, independentemente da presença de praga na lavoura. O teste nesta cultura é decorrente de uma constatação feita pelo Grupo de Pesquisas em Manejo Integrado de Pragas (GPMIP) do campus Rio Paranaíba de que o controle das aplicações reduziria o custo dos produtores em até 90%. Como o grupo, coordenado desde 2010 por Flávio Fernandes, obteve esse resultado a partir de um método empírico, os professores decidiram trabalhar juntos em busca de melhorias, desenvolvendo, então, o NDE.
Segundo o professor Flávio, o nível de dano econômico poderá ser calculado em qualquer cultura. No entanto, será necessário um estudo prévio da região e da própria cultura para ajustes de parâmetros do programa. Suas expectativas daqui para frente vão nessa direção: ampliar as pesquisas com batata, expandir para outras culturas e pragas e ajustar o software para ser utilizado em todas as regiões do país.
Vale destacar que esse foi o primeiro programa registrado no INPI do campus Rio Paranaíba e que o certificado foi obtido com titularidade da UFV. Isso significa que está garantida à Universidade a proteção, por exemplo, contra uso indevido e cópias do software e que caso ele seja usado para fins comerciais, a UFV terá direito a receber sobre a sua propriedade inventiva e intelectual. O pedido de registro foi realizado pela Comissão Permanente de Propriedade Intelectual (CPPI) da Universidade. De acordo com o seu presidente, professor Rodrigo Gava, desde 1999, ano de criação da CPPI, já foram registrados no INPI 48 programas de computador resultantes de projetos desenvolvidos na UFV.
(Adriana Passos – Foto: Thamires Sousa)
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