Campus Viçosa

Trabalhos de pós-graduação em Economia Aplicada da UFV são premiados em congresso

07/08/2014

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Dois trabalhos vinculados ao Programa de Pós-graduação em Economia Aplicada da UFV foram premiados durante o 52° Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural, que aconteceu entre 27 e 30 de julho, em Goiânia (GO). A dissertação de mestrado de Carlos Otávio de Freitas e a tese de doutorado de Cristiana Tristão Rodrigues, que é professora no Departamento de Economia da UFV, foram consideradas as melhores da área de Economia Rural defendidas em 2013.

A dissertação Tamanho do estabelecimento e eficiência técnica na agropecuária brasileira foi orientada pelo professor do Departamento de Economia Rural Erly Cardoso Teixeira. Seu objetivo foi determinar a relação entre eficiência técnica e tamanho do estabelecimento, considerando diferentes classes de área e níveis de eficiência no Brasil rural em 2006. O estudo também permitiu identificar os principais determinantes do desempenho produtivo das propriedades quando diferentes faixas de eficiência são consideradas. Os resultados sugeriram que políticas que favoreçam o aumento da oferta de recursos e serviços seriam fundamentais para elevar a produtividade dos estabelecimentos agropecuários, bem como reduzir as desigualdades entre pequenos e grandes produtores.

Já a tese Mudanças no perfil de pobreza no Brasil: uma análise multidimensional a partir da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF): 2002-2003 e 2008-2009 foi orientada pelo professor Steven Helfand, vinculado à Universidade de Riverside (EUA) e ao Doutorado em Economia Aplicada da UFV. Ela é dividida em duas partes: a primeira tem como objetivo definir um novo perfil de pobreza para o Brasil e analisar as mudanças ocorridas entre 2003 e 2009, utilizando-se os dados de consumo da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF) como medida de bem-estar. A conclusão é de que a incidência da pobreza no Brasil vem declinando ao longo da última década, tendo como base o consumo como medida de bem-estar, o que ainda não havia sido apresentado na literatura da área.

A segunda parte do trabalho teve como objetivo fornecer estimativas de pobreza para o Brasil, utilizando-se de uma abordagem sofisticada para a combinação de um conjunto amplo de variáveis que captam dimensões importantes da qualidade de vida. A conclusão é de que, em relação à pobreza de renda, que caiu drasticamente na última década, a pobreza multidimensional tem diminuído de forma mais gradual. Assim, o Índice de Pobreza Multidimensional pode contribuir para o planejamento das políticas sociais de enfrentamento da pobreza na medida em que revela a intensidade da pobreza em diferentes grupos populacionais, possibilitando melhor focalização.

 

(Fonte: Marcelo Jose Braga)